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MS é o Estado mais prejudicado pela estiagem, diz IBGE

Fernanda Mathias/Campo Grande News - 20 de abril de 2005 - 09:31

O Mato Grosso do Sul é o Estado brasileiro mais prejudicado do País até agora em decorrência da estiagem prolongada. A avaliação do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) foi divulgada nesta quarta-feira em seu site- www.ibge.gov.br. Hoje 26 municípios de Mato Grosso do Sul têm decretado estado de emergência devido às perdas.
A cultura da soja vem apresentando forte queda de produtividade por causa do veranico. As últimas informações, coletadas em março, apontam em Mato Grosso do Sul redução de 19,67% na produção e 19,23% na produtividade esperada.
A safra de 2005, como a de 2004, é marcada por condições climáticas muito severas, onde a carência de chuvas ocasionou perdas muito significativas na produção agrícola do país. Entre os produtos mais afetados encontram-se a soja e o milho, com ênfase na região Sul e parte da região Centro-Oeste.
Em âmbito nacional, quando se compara as informações de dezembro de 2004, época em que foi divulgada a terceira expectativa de produção para 2005 (prognóstico), havia uma previsão de 134,906 milhões de toneladas. Hoje, após o transtorno ocasionado pela falta de chuvas, a estimativa fica em torno de 119,488 milhões de toneladas, contabilizando-se um prejuízo de cerca de 15,5 milhões de toneladas, quando confrontamos as duas divulgações, dezembro/2004 e março/2005.
Quanto ao milho 2ª safra, que se encontra no estágio de crescimento vegetativo, e em algumas regiões ainda em semeadura, sobretudo naqueles locais onde o plantio é efetuado mais tarde, espera-se uma produção de 10,137 milhões de toneladas para a safra de 2005, volume 5% inferior ao obtido no ano passado.
O cenário que se desenha para Mato Grosso do Sul, acompanhando o nacional, é de uma grave crise de desabastecimento de milho. Sem chuva expressiva há cerca de 70 dias no principal pólo produtor do grão Mato Grosso do Sul, que é Dourados, as perdas já chegaram a ser estimadas em 100% pelo presidente do Sindicato Rural do município, Gino José Ferreira. A demanda interna anual por milho, incluindo aviários e granjas de suínos, é de 950 mil toneladas. Este ano foram produzidas 400 mil toneladas na safra de verão e a de inverno é uma incógnita.
O superintendente de Agricultura e Pecuária da Seprotur (Secretaria de Produção e Turismo), Benedito Mário Lázaro, admite que a seca deverá ser muito sentida este ano e acredita que as perdas cheguem na média a 60% ou 70% do que foi plantado para a safrinha.

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