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Geral

MS: Congresso de Magistrados Espíritas lota o plenário

TJMS - 10 de outubro de 2009 - 09:03


Com o plenário lotado, começou na noite desta sexta-feira (9) o V Congresso Brasileiro dos Magistrados Espíritas, que será realizado até domingo no Tribunal de Justiça de MS. O evento, promovido pela Associação Brasileira dos Magistrados Espíritas (Abrame), visa proporcionar um debate sobre o modo de ação que se harmonize com a realidade espiritual e multi-existencial revelada pelo conhecimento espírita.

O presidente da Associação Brasileira dos Magistrados Espíritas, Zalmiro Zimmermann, saudou os participantes de todas as partes do país. “Estamos reunidos dando um testemunho à sociedade, perante às gerações futuras porque é chegado o momento de um novo padrão de justiça, que se harmonize com a natureza espiritual do ser humano”, disse.

Zimmerman apontou que esse congresso marca os 10 anos da Abrame, falou sobre a fundação, a evolução da instituição e citou que, por ter nascido em leito jurídico, os eventos sempre são realizados em recintos forenses. “Não tenho dúvidas que o congresso será marcado pelo sucesso, principalmente porque os temas dizem respeito diretamente à pessoa do juiz, sua família e seus problemas em sociedade. Esta será mais uma contribuição da justiça brasileira ao jurisdicionado e à sociedade em geral”, complementou.

Falando em nome dos membros fundadores da Abrame, o ministro Paulo da Costa Leite relatou um pouco de como foi a fundação da entidade, da força que uniu os membros. “A Abrame cresceu e se consolidou respeitada, acreditada, ocupando hoje significativo espaço na cena jurídica do país. Hoje somos muitos em todos os graus de jurisdição, em todos os ramos do Poder Judiciário. A Abrame se impôs pelo trabalho desenvolvido, pela contribuição à sociedade”, disse ele.

Saudando os congressistas em nome do presidente do Tribunal de Justiça, o Des. Josué de Oliveira disse que os dois dias de trabalhos serão uma oportunidade para se trocar conhecimento, com aproximação de ideias e concretização de ideais, em um debate jurídico de interesse não só da magistratura, mas de toda a sociedade.

Josué mencionou Fernando Pessoa, Platão e citou uma lenda indígena. Falou da busca do ser humano, da felicidade e da beleza transcendental que liga o humano ao espiritual. “Neste entrelaçamento jurídico e espiritual, que tenhamos todos a oportunidade de um encontro ou reencontro entre amigos. Somos viajantes mesmo quando não viajamos. Nesta terra de Guarani, Terenas e Kadiwéus, possamos todos usufruir de uma experiência de reencontro consigo próprios e com amigos”, concluiu.

Trabalhos - O congresso, que se estende até o dia 11 de outubro, tem em pauta os desafios que o julgador encontra em sua vida profissional, em família e no convívio social, além de outras questões relacionadas à tarefa e a responsabilidade do juiz. A palestra inaugural coube a José Carlos de Lucca, magistrado do Estado de São Paulo, professor universitário, escritor com oito livros publicados e palestrante espírita há mais de 10 anos.

De acordo com o desembargador sul-mato-grossense Hildebrando Coelho Neto, delegado da Abrame no Estado, a justiça de MS possui mais de 40 magistrados membros da Abrame. O desembargador, como integrante da associação, já participou das outras edições do evento que abordaram temas como o direito à vida; aborto; eutanásia; a atuação do magistrado na sociedade e uma diversidade de assuntos os quais o juiz atua enquanto agente da própria mudança social. Estes encontros possibilitam justamente esta reflexão do papel que os magistrados desempenham e os reflexos de seus atos.

Programação - No dia 10, Clayton Reis falará sobre “A desagregação da família e a responsabilidade do juiz”, Kéops de Vasconcelos Vieira Pires abordará o tema “A vocação para a magistratura”, Tatiana Montezuna fará a palestra “A justiça e as questões ambientais”, Carlos José Martins Gomes deve direcionar as atenções para o tema “O juiz perante a realização da justiça e as exigências das forças atuantes na sociedade”, Mônica Neves Aguiar da Silva terá a responsabilidade de abordar “Os dilemas do juiz diante dos conflitos familiares”; os trabalhos do dia serão encerrados por Clarice Claudino da Silva e Jorge Luiz Tadeu Rodrigues, e o tema será “Soluções alternativas dos conflitos”.

No dia 11, os temas serão: “A importância do conhecimento para a vida profissional e familiar do juiz”, com Eduardo Guilliod Maranhão, “O trato das questões familiares à luz da justiça restaurativa”, com Roberto de Freitas Messano, “O desafio do juiz ante a questão da produtividade e o compromisso com o justo”, com Durval Augusto Rezende Filho, “Magistratura: desafio e oportunidade”, com Rosemeire Lopes Fernandes, e “A importância do conhecimento espírita para o equilíbrio emocional do juiz”, com Pedro Aujor Furtado Jr.

Autoria do Texto:Departamento de Jornalismo

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