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MS-306 é a pior rodovia do Estado, aponta pesquisa
A pesquisa da CNT (Confederação Nacional dos Transportes) que avalia as condições das rodovias brasileiras apontou que em Mato Grosso do Sul a mais problemática é a MS-306, que liga o município de Costa Rica a Cassilândia.
O trecho analisado foi o km 103, onde o pavimento e sinalização foram considerados ruins e a geometria péssima.
Ao longo do ano vários acidentes graves ocorreram na rodovia, muitos com mortes. O governo estadual pretende recuperar 141 quilômetros da pista através do plano MS Forte, lançado no início deste mês.
Regular Em geral, de uma extensão de 3.728 quilômetros avaliados em território sul-mato-grossense, 11,2% foram considerados ruins e 0,9% péssimos. Para 60,8% da extensão a avaliação foi regular, 19,7% boa e 7,4% ótima.
A MS-306 foi a única considerada ruim quando analisados todos os aspectos: pavimento, sinalização e geometria. As duas consideradas boas foram a MS-134, entre Batayporã e Porto Primavera e a BR-158, ao leste do Estado.
As demais foram avaliadas como regulares. Quanto ao estado do pavimento, além da MS-306 a MS-444, na região do Bolsão, também foi considerada ruim.
Um dos principais problemas detectado foi a falta de acostamento. Em 1.799 quilômetros (48% da malha) não há acostamento, contra 1.929 que têm. Da área com acostamento, 1.524 quilômetros estão em estado perfeito.
Quanto à sinalização, o gargalo está justamente onde há mais risco: nos trechos com curvas perigosas. São 240 quilômetros dos quais apenas 44 km estão devidamente sinalizados e protegidos com defensas, sendo que em 96 km não há sequer placas com avisos.
Sobre a condição da superfície das pistas, 873 quilômetros estão em estado perfeito (23% da extensão), 1.547 quilômetros estão desgastados (41%) e 1.169 (31%) têm trincas e remendos. Há ainda 105 quilômetros com buracos e 34 que estão totalmente destruídos.
Em apenas 14 quilômetros foi verificada a necessidade de reduzir a velocidade devido ao estado do pavimento.
Em relação à sinalização horizontal nas faixas centrais, estão desgastadas em 516 km de rodovia e inexistentes em 218 km. Nas faixas laterais o problema é maior, há desgaste em 645 km inexistente em 463.
As placas com limite de velocidade estão presentes na maior parte da malha, 3.255 km, porém, em 1.880 km estão desgastadas e difíceis de ler e totalmente ilegíveis em 30 km.