O MPE (Ministério Público Estadual) denunciou o empresário Luiz Afonso Santos de Andrade, de 42 anos, por homicídio qualificado.

Ele é acusado de matar a esposa, a arquiteta Eliane Aparecida Nogueira, de 39 anos. Ela foi encontrada morta, carbonizada, em seu próprio carro, um Pólo, no dia 2 de julho em Campo Grande.

O caso tramita na 1ª Vara do Tribunal do Júri e o juiz Carlos Alberto Garcete deve decidir hoje sobre o pedido de prisão preventiva.

Ele está preso na 4ª Delegacia de Polícia, no bairro Moreninhas, desde o dia 2, quando foi decretado a prisão temporária, válida até primeiro de agosto. Se a prisão preventiva for decretada, o empresário deve ser transferido para um presídio.

No inquérito sobre o caso, relatado esta semana, o empresário é apontado como autor de homicídio quadruplamente qualificado: por motivo torpe, fútil, por asfixia e incêndio e ainda disssimulação.

A acusação contra o Luiz Afonso ficará a cargo dos promotores Luciana do Amaral Rabelo Nagib Jorge e Renzo Siufi.

No último dia 23, o empresário confessou ao delegado Welligton de Oliveira que agrediu e incendiou o veículo com a esposa dentro. Contudo, em depoimento oficial, ele nega a autoria do crime. Laudos periciais apontam que Eliane foi queimada viva.

Uma das provas essenciais são as imagens obtidas pela investigação policial em uma conveniência na avenida Três Barras, próximo ao local onde o carro foi encontrado . Elas registraram Luiz Afonso chegando ao local, no carro de Eliane, entrando e comprando chicletes, fósforos e cigarros, apesar de não fumar. A mesma câmera filma o empresário voltando, a pé.