O promotor Antônio Carlos Garcia de Oliveira, da Promotoria de Justiça do Ministério Público Estadual, ofereceu hoje a denúncia de todos os indiciados no seqüestro dos gêmeos de nove meses filhos do empresário Klaus Buning, ocorrido no dia 21 de dezembro de 2005. A ação foi baseada no artigo 159 do Código Penal Brasileiro (Extorsão Mediante Seqüestro), da lei de crimes hediondos.

Em entrevista à Rádio Caçula, o promotor informou que o MP pedirá a pena máxima aos oito seqüestradores (que varia de 12 a 20 anos de reclusão em regime fechado); ao ressaltar que há três agravantes – o fato de terem sido seqüestradas crianças, duração superior a 24 horas e associação em bando ou quadrilha para o delito.

No inquérito, são indiciados Marcelo Vieira Yamamoto (25 anos), Dorcelino Luiz Lopes (29), Leandro Ferreira dos Santos (22, conhecido como “Carquejo”), Cleverson Messias Pereira dos Santos (27, o “Cabelo”), Jeremias Magalhães Amaro (19), Maria Eunice Medeiros Guimarães Yamamoto (25) e Daniela Magalhães Tavares (27). O oitavo seqüestrador, Paulo Marcos Pereira de Oliveira (o “Paulinho”) encontra-se foragido. Marcelo Yamamoto informa que, após ter confessado, vinha sendo ameaçado de morte no Estabelecimento Penal de Três Lagoas, e, por isso, foi transferido ao 1° Distrito Policial.

Os gêmeos foram levados da residência da família, no bairro Santos Dumont, na tarde de 21 de dezembro, sendo liberados Às 22h do dia seguinte, após a família deixar o dinheiro do resgate (R$ 200 mil) em um saco plástico na BR-158, próximo à ponte do rio Sucuriú – como os seqüestradores haviam solicitado. Os bebês foram deixados em um terreno baldio da avenida Rosário Congro.

A quadrilha foi presa após investigações conjuntas da Polícia Civil, Serviço Reservado da Polícia Militar e Garras (Grupo Armado de Repressão a Assaltos e Seqüestros), que continuam em busca de “Paulinho”.