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MP pede afastamento de Artuzi e 9 vereadores

Aline dos Santos, Campo Grande News - 09 de setembro de 2010 - 10:01

O MPE (Ministério Público Estadual) pediu à justiça o afastamento provisório do prefeito eleito de Dourados, Ari Artuzi (PDT), da coordenadora de Políticas Públicas para a Mulher, a primeira-dama Maria Artuzi, do vice-prefeito Carlinhos Cantor (DEM), de nove vereadores e ocupantes de cargos no primeiro escalão da prefeitura.

Todos foram alvos da Operação Uragano (furacão em italiano), realizada pela PF (Polícia Federal), que revelou um esquema de pagamento de propina na prefeitura e Câmara Municipal.

De acordo com o promotor Paulo César Zeni, os pedidos de afastamento foram apresentados hoje. O processo vai tramitar na área cível. Caso a justiça autorize o afastamento, o Ministério Público tem prazo de 30 dias para denunciar os acusados por improbidade administrativa.

Nesta ação, será requisitada, inclusive, a devolução de dinheiro público desviado. O MPE já recebeu o inquérito da PF (Polícia Federal) e prepara as denúncias na esfera criminal.

Vereadores – Foi pedido o afastamento provisório de 9 dos 12 vereadores de Dourados: Sidlei Alves (DEM), presidente da Câmara, Aurélio Bonatto (PDT), Edvaldo Moreira (PDT), Humberto Teixeira Júnior (PDT), José Carlos Cimatti (PSB), Zezinho da Farmácia (PSDB), Júlio Artuzi (PRB), Marcelo Barros (DEM) e Paulo Henrique Bambu (DEM). Muitos aparecem em gravações recebendo o dinheiro da propina.

Quanto aos vereadores Gino Ferreira (DEM) e Dirceu Longhi (PT), que não chegaram a ser presos, mas foram indiciados pela PF, o Ministério Público ainda avalia as informações para decidir se também pede afastamento dos parlamentares. Apenas a vereadora Délia Razuk (PMDB) não foi citada no esquema.

Permanecem presos Sidlei Alves, Zezinho da Farmácia, Edvaldo Moreira e Humberto Teixeira Júnior. Nesta quinta-feira a Câmara de Dourados realiza a primeira sessão após o escândalo. Zezinho da Farmácia protocolou ontem pedido de renúncia do cargo de vice-presidente da Câmara.

Prefeitura – Também foi solicitado o afastamento temporário de pessoas que ocupavam o primeiro escalão da prefeitura e servidores. Apesar de o prefeito interino, o juiz Eduardo Machado Rocha, já ter exonerado os secretários, o promotor lembra que o atual prefeito está em situação provisória.

Desta forma, numa eventual reviravolta, um impedimento legal evitaria que as pessoas presas retornassem aos cargos.

A lista de pedidos de afastamento inclui Alziro Moreno (exonerado do cargo de procurador-geral), Tatiane Moreno (exonerada da secretaria de Administração), Ignez Boschetti Medeiros (exonerada da secretaria de Finanças), Cláudio Marcelo Hall (vereador licenciado e exonerado da secretaria de Serviços Urbanos), Dílson Cândido de Sá (exonerado da secretaria de Planejamento e Obras).

Também foi solicitado afastamento dos servidores Jorge Amilton Torraca, João Kruger (controlador-geral), Thiago Vinícius Ribeiro (departamento de licitações), Marlene Florêncio Vasconcelos (assessora da prefeitura), José Humberto da Silva, Dilson Degutti (secretário adjunto de Saúde) e Helton Farias (gestor de compras).

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