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MP investiga nove ex-vereadores por receber diária fraudulenta

Campo Grande News - 23 de maio de 2016 - 15:30

Nove ex-vereadores de Naviraí, município a 366 km de Campo Grande, estão sendo investigados pelo MPE (Ministério Público Estadual) por recebimento de diárias fraudulentas no período de 2013 a 2014. Os inquéritos civis, instaurados pelo promotor Daniel Pívaro Stadniky, foram publicados sexta-feira (20) no Diário Oficial do MP.

A investigação sobre o suposto recebimento de valores a título de diárias fraudulentas, causando prejuízos ao erário e enriquecimento ilícito, atinge o ex-presidente da Câmara Moacir Aparecido de Andrade e os ex-vereadores José Roberto Alves, Jaime Dutra, Gean Carlos Volpato, Adriano José Silvério, José Odair Gallo, Vanderlei Chagas, Elias Alves e Mário Gomes.

Eleitos em 2012, os nove foram cassados no ano passado, depois de serem transformados em réus na Operação Atenas, desencadeada em outubro de 2014 pela Polícia Federal para investigar um esquema de corrupção no Legislativo de Naviraí, cidade de 51 mil habitantes.

Além deles, os outros quatro eleitos há quatro anos também perderam o mandato – Marcus Douglas Miranda, Solange Melo, Carlos Alberto Sanchez e Cícero dos Santos, apontado como líder do esquema de corrupção.

Processo em andamento – Os 13 ex-vereadores, o empresário Carlos Brito de Oliveira, Mainara Gessica Malinski (mulher de Cícero dos Santos) e os ex-funcionários da Câmara Wagner Nascimento Máximo Antonio, Rogério dos Santos Silva e Thiago Caliza da Rocha, são réus em várias ações penais em andamento no Fórum de Naviraí, por corrupção passiva, peculato e organização criminosa.

Com quase 140 testemunhas arroladas, o processo principal envolvendo todos os acusados tramita na Vara Criminal de Naviraí e não há previsão de quando será concluído.

Marcus Douglas Miranda e Cícero dos Santos, que assim como Adriano Silvério, Carlos Sanchez e Solange Melo foram presos durante a operação, também são réus em um processo ligado ao caso, por tráfico de influência e em ação civil por improbidade administrativa.

A Operação Atenas foi desencadeada com base em escutas telefônicas feitas pela PF depois que um empresário da cidade denunciou o esquema de corrupção, que envolvia extorsão e cobrança de propina por parte dos vereadores para a liberação de alvarás e aprovação de projetos, além de tráfico de influência em secretarias da prefeitura. Dezenove meses depois, ninguém foi condenado até agora.

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