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Mozarildo quer combater as desigualdades

Agência Senado - 31 de dezembro de 2003 - 09:10


Munido de dados sobre a distribuição de renda no Brasil, o senador Mozarildo Cavalcanti (PPS-RR) recomendou que, para combater as desigualdades, não basta que o país fique mais rico. “É preciso que governo e sociedade se engajem num projeto comum de combate às diferenças que, cada vez mais, se estabelecem entre nossos cidadãos e entre nossas regiões”, afirmou ele.

O parlamentar analisou o Atlas do Desenvolvimento Humano, trabalho elaborado em conjunto pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pela Fundação João Pinheiro, e definiu seus resultados como estarrecedores.

- Imaginem que, pesquisados 175 países, constatou-se que o Brasil tem a sexta pior distribuição de renda do mundo. Atrás dele, apenas cinco países africanos: Namíbia, Botsuana, Serra Leoa, República Centro-Africana e Suazilândia.

Mozarildo observou que, entre 1901 e 2000, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro subiu, em valores atualizados, de R$ 9 bilhões para R$ 1 trilhão. Isso significa que, num período de cem anos, a soma das riquezas produzidas no país aumentou mais de 100 vezes, enquanto, no mesmo período, a população passou de cerca de 17 milhões para pouco menos de 170 milhões de habitantes.

- Tudo isso significa que nosso PIB per capita cresceu mais de onze vezes: passou de R$ 520,00 em 1901 para R$ 6 mil no ano 2000. Mas apesar do crescimento econômico inquestionável, apesar da melhoria em alguns parâmetros que expressam o desenvolvimento, continuamos a ser uma nação de desiguais.

O senador observou também que, em 1960, ano da inauguração de Brasília, os 10% mais ricos da população ganhavam 34 vezes o que ganhavam os 10% mais pobres. Hoje, mais de quarenta anos depois, disse ele, os 10% mais ricos têm rendimentos 47 vezes superiores aos dos 10% mais pobres.

No entender de Mozarildo, os números estão sempre a apontar o exagero de nossas desigualdades, a mostrar que, dos 170 milhões de habitantes, 2 milhões são ricos, 50 milhões pertencem à classe média, 64 milhões são quase pobres, 30 milhões são pobres e 24 milhões são simplesmente miseráveis. Em sua opinião, a história já cansou de ensinar que não basta o crescimento econômico para resolver essas diferenças.

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