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Motorista que evitou tragédia pode ter braço amputado

Denis Matos, Campo Grande News - 20 de agosto de 2010 - 14:16

O motorista do microônibus que colidiu na MS-060 na madrugada de hoje pode ter o braço esquerdo amputado. No acidente morreram três pessoas e pelo menos 18 ficaram feridas.

Antônio Domingos Pinto evitou que o microônibus colidisse de frente com o caminhão carregado de eucalipto e também que o impacto fizesse o veículo ser jogado no barranco na beira da estrada. De acordo com o monitor da viagem, Mauro Silas Gonçalves, que também estava na parte de frente do ônibus, o caminhão começou a invadir a pista e Domingos sinalizava com luz alta. “O caminhoneiro não parava de invadir, mesmo com o sinal. E se nós saíssemos para o acostamento poderíamos cair no barranco”.

Com o impacto iminente, Domingos realizou manobra evasiva, fazendo com que o caminhão atingisse a lateral esquerda do microônibus. Após o impacto, que deixou o braço esquerdo do motorista ferido, ele ainda manobrou para não sair da pista e capotar.

Enquanto começava a atender os feridos, Mauro disse que o motorista do caminhão fugiu. “Eu não entendo como que ele (caminhoneiro) invade a pista daquele jeito. É um retão naquele trecho”, explica.

As três pessoas que faleceram foram atingidas pelas madeiras. De acordo com Mauro, a violência do impacto foi marcante. “Esmagou as pernas, rachou a cabeça de um ao meio. Se não tivesse as madeiras, talvez pudessem sobreviver”, lamenta.

A maioria dos passageiros iria realizar tratamento de hemodiálise na Capital. A prefeitura disponibiliza o microônibus toda quarta e sexta feira. Duas das vítimas (Maria Gerreiro e Afrízio de Souza Maia) iriam fazer o procedimento. O outro (Adalício Rodrigues de Matos) era acompanhante da senhora.

O motorista foi encaminhado a um hospital da Capital e devido a fratura, pode ter o braço esquerdo amputado. “Ele salvou mais gente de morrer ali, é uma pena”, ressalta Mauro.

O serviço de saúde de Maracaju tem outro ônibus, para que os pacientes não fiquem sem a hemodiálise, na semana que vem. “Segunda feira começamos de novo. A vida segue”, diz Mauro.

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