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Motociclistas não concordam com normas do Contran
Brasília - Apesar de ter mais tempo para adaptar o capacete às novas regras do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), o motociclista Jeovani de Oliveira disse que não tem a intenção de comprar um novo equipamento de proteção.
Para ele, que disse dirigir há nove anos sem ter sofrido nenhum acidente grave, a certificação do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) é suficiente. Na opinião de Oliveira, os demais itens do texto do Contran que tratam de elementos refletivos, como viseira do padrão cristal para a noite, não trazem melhorias.
Isso não tem nada a ver com segurança. O mesmo efeito que esse novo capacete pode ter, os que usamos já são capazes de oferecer, afirmou. Não é preciso mudar nada", acrescentou, ressaltando que medida servirá apenas para arrecadar mais impostos com a venda dos capacetes.
Mesmo com o descontentamento de Jeovani de Oliveira, todos os motociclistas devem ter capacetes adaptados às regras até janeiro do próximo ano, sob pena de pagar multa de até R$ 191,54. Esse é o valor da sanção para quem é flagrado sem o equipamento.
Por isso, pensando na procura pelos capacetes certificados, a indústria nacional se prepara para produzir equipamentos adaptados que já começaram a ser procurados.
De acordo com o consultor do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos (Sincodiv) do Distrito Federal, Maurício de Souza, para atender à demanda a produção começou desde o primeiro semestre.
Os capacetes estão prontos, de antemão, para atender o público, informou. Souza garante que mesmo antes da regulamentação da medida, os fabricantes têm se preocupado com a segurança dos motociclistas. Diante dos acidentes sérios, decorrentes da má qualidade dos capacetes, as indústrias trabalham em projetos melhores e confiáveis.
Atualmente, 80% dos capacetes comercializados seguem as normas de segurança estabelecidas, de acordo com o Sincodiv-DF. O sindicato também informa que a preocupação com os motociclistas têm se expandido e que o comerciante também orienta o cliente antes de vender o equipamento.