Mais uma pessoa morreu nesta segunda-feira, no Hospital Municipal de Imperatriz (MA), segundo informação da direção geral do órgão, em decorrência da síndrome desconhecida que está atingindo a população da região sudoeste do Maranhão.

O corpo da vítima passará por necropsia para a confirmação do diagnóstico.

Desde janeiro, dez pessoas morreram por complicações decorrentes da doença, segundo levantamento do Ministério da Saúde. Até o início da noite, o ministério não tinha informações sobre mais uma morte.

Treze pessoas estão internadas com sintomas da doença no hospital de Imperatriz, para onde são encaminhadas todos os casos suspeitos.

A síndrome misteriosa começa com dormência e inchaço nas pernas, evolui para paralisia, dificuldade de respirar e, por fim, insuficiência cardíaca.

Segundo Expedito Luna, diretor de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, há três hipóteses sendo investigadas como possível causa para a síndrome: envenenamento por produto tóxico usado na lavoura, causa infecciosa ou deficiência de vitaminas. "Como não temos ainda um quadro claro, estamos considerando todas as hipóteses", disse.

A maioria das vítimas são homens entre 15 e 50 anos, que moram na zona rural e trabalham na lavoura.

Técnicos da Secretaria de Vigilância Epidemiológica e do governo do Estado do Maranhão estão percorrendo os 16 municípios onde houve registro da doença para coletar amostras de água e bebidas e capturar mosquitos e carrapatos da região.

Cada paciente sintomático é submetido a 17 exames diferentes, entre eles sangue, radiografia do tórax, eletrocardiograma. O material coletado foi encaminhado ao Instituto Evandro Chagas, em Belém. Os exames ainda não foram concluídos.