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Morreu em confronto com a PM de Cassilândia

Isabel Nunes - 03 de novembro de 2003 - 08:37

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Marcelo Ricardo de Paula, solteiro, 34 anos, residente em Cassilândia, morreu ontem, quando armado, em um hotel da cidade, teria resistido à Polícia Militar. Segundo o BO, os cabos da PM, Monteiro e Evaldo foram recebidos a bala, tendo que revidarem em legítima defesa. Foi socorrido pela guarnição, sendo encaminhado para a Santa Casa, onde chegou morto.

O dr. José Mansur, delegado de polícia de Cassilândia, contou a nossa reportagem, que a PM foi acionada porque Marcelo estaria intencionado em atirar em uma pessoa. Ao chegar no local, os policiais foram recebidos a tiros e tiveram que revidar. Os policias foram feridos. Revelou, que Marcelo era um ex-presidiário, não sabendo se ainda estava em condicional.

O cabo Monteiro também deu sua versão aos fatos. Contou que às 8h40, a PM recebeu telefonema de um cidadão que se dizia ameaçado por Marcelo. Passados apenas 4 minutos, ligou novamente, dizendo que o rapaz estava armado e iria mata-lo. No hotel foi informado que estava armado, inclusive que teria dito a uma das funcionárias que se alguém subisse lá, iria morrer, podendo ser até da Polícia Militar. “Subimos até o quarto e com a arma na mão, como é de praxe no serviço da polícia, e o sr. Marcelo abriu a porta, já com a arma na mão, apontando para nós. Na hora, o cabo Evaldo, pegou o braço do sr. Marcelo para ver se nós podíamos desarma-lo”, relatou Monteiro. E continuou: “nesse momento eu me aproximei para auxiliar o Cabo Evaldo, quando então aconteceu um disparo de arma de fogo. O sr. Marcelo disparou a arma, acertando o testículo do Cabo Evaldo. Neste momento, o Cabo Evaldo empurrou Marcelo e ele passou a atirar em mim e acertou um tiro de raspão nas minhas costas. Eu acho que eu o alvejei na altura do peito, até o momento que eu vi que ele caiu no chão e soltou a arma de fogo. Neste momento pegamos o sr. Marcelo e a arma de foto e o encaminhamos a Santa Cassa. Chegando lá, todos nós fomos atendidos, mas infelizmente o sr. Marcelo foi a óbito.”.

Com relação ao estado de saúde dos policiais, o Cabo Monteiro contou passou a tomar remédios, prescritos pelo médico, mas que estava bem, o mesmo acontecendo com o seu colega Cabo Evaldo.

Entende, que a causa foi Marcelo ter uma arma de fogo. “Em nosso país e em nossa cidade, tem muita arma, com muita gente, que infelizmente não têm habilitação para tanto. E na hora que é abordado pela polícia, estão com algum problema e atiram até sem querer”, explicou.

Lamentou ter que atirar em Marcelo, porque não tinha intenção nenhuma de matar alguém em toda sua vida. “Tenho 17 anos de Polícia Militar e é a primeira vez, que me vejo obrigado a atirar em uma pessoa”, concluiu o cabo Monteiro.

A polícia civil divulgou a foto de Marcelo.

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