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Morre o primeiro índio de MS vítima da Covid-19

Izabela Sanches, Campo Grande News - 19 de junho de 2020 - 08:12

Faleceu na quinta-feira (18) em Dourados, a 233 km de Campo Grande, homem da etnia Guarani Kaiowá, a primeira vítima indígena da covid-19 em Mato Grosso do Sul. Ele tinha 49 anos e conforme a secretária municipal de saúde, Berenice Machado de Souza, estava internado desde o dia 7 de junho.

Além de marcar oficialmente o agravamento da covid entre os indígenas, considerados grupos étnicos mais vulneráveis ao novo coronavírus, eleva para 8 o número de mortos pela doença em Dourados, hoje o epicentro da covid-19 em Mato Grosso do Sul. Trata-se da 40ª morte no Estado.

Segundo a secretária, ele era diabético e estava internado no Hospital Evangélico. A secretária confirmou que ele vivia na Reserva Indígena de Dourados, que abriga as aldeias Jaguapiru e Bororo. Conforme apurou o Campo Grande News, ele vivia na aldeia Bororo.

Covid e população indígena – Em Dourados, um dos rastreios possíveis do novo coronavírus está ligado à cadeia da carne. Indígena que trabalha na planta da Seara/JBS na cidade foi o primeiro caso registrado na Reserva, que é a mais populosa do Brasil e onde a proximidade entre as casas em razão da falta de espaço fez com que uma operação de emergência fosse mobilizada.

Diversas organizações com aval da Comitê Estadual e do polo base da sáude indígena em Dourados retiraram pessoas do grupo de risco, pessoas diagnosticadas e pessoas que tiveram contato com casos confirmados. Elas foram levadas para a Casa do Cursilho em Dourados.

Há entre os indígenas apelos por mais EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), inclusive entre os trabalhadores do Dsei (Distrito Sanitário Especial Indígena) de Mato Grosso do Sul. Em Dourados não havia sequer estoque de máscaras e luvas suficientes aos trabalhadores que atuam nos postos de saúde da Reserva, conforme apurou o Campo Grande News. Com isso, a orientação da coordenação era que, na ausência de máscara, os agentes de saúde não visitassem os enfermos para evitar risco de contágio. - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

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