Morreu no fim da tarde de ontem, na Casa de Saúde Portugal, no Rio de Janeiro, o sul-mato-grossense Apolônio de Carvalho, de 93 anos, um dos mais antigos militantes de esquerda do país que lutou ao lado das Brigadas Internacionais na Guerra Civil Espanhola contra as forças facistas do Generalíssimo Franco e foi coronel da Resistência Francesa durante a Segunda Guerra Mundial, combatendo Hitler.

Ele estava internado desde quarta-feira no Rio de Janeiro. Ontem, por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Saúde, Saraiva Felipe, que cumpria agenda no Rio, cancelou um compromisso para visitar Apolônio no hospital.

Por ter sido um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores, na década de 80, os dirigentes petistas divulgaram nota de pesar há pouco em que manifestam “profundo pesar pelo falecimento de seu fundador e militante de primeira linha Apolônio de Carvalho”.

A nota prossegue: “Para nós, honrar a memória de Apolônio de Carvalho é prosseguir na luta pela transformação social e pela consolidação de um projeto democrático e socialista para o nosso país. É também prosseguir na luta pela consolidação de um partido que saiba construir um projeto democrático de nação e afirmar, no plano social, político e econômico, os direitos das classes trabalhadoras e de todo o povo brasileiro.”

Conforme o filho mais velho de Apolônio de Carvalho, René de Carvalho, o corpo do pai será cremado no domingo, no Crematório do Caju.