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Morre médica testemunha de confusão durante parto

Campo Grande News/ Aline Queiroz - 27 de abril de 2010 - 12:13

Uma testemunha da morte da menina Mibsan Rodrigues Cabreira, ocorrida dia 23 de fevereiro, durante o parto feito no Hospital Municipal de Ivinhema, faleceu. Maria Elza, esposa de um dos médicos envolvidos na confusão que terminou com a morte do bebê, teve meningite e morreu há duas semanas.

Segundo o delegado que investiga o caso, Lupérsio Degerone Lúcio, ela foi intimada a prestar novos esclarecimentos e a Polícia descobriu que havia falecido. À época da morte, ela já havia sido ouvida em depoimento.

Maria Elza era casada com Sinomar Ricardo, 69 anos, que se envolveu em uma briga com o outro médico que também trabalhava na cidade, Orozimbo Ruela, 42 anos. Ela participou do atendimento à gestante Gislaine de Matos Rodrigues, 32 anos, que devido ao tumulto teve de mudar de sala e a equipe foi substituída.

A menina nasceu morta e o inquérito policial para apurar a responsabilidade dos médicos deverá ser concluído até 16 de maio.

O delegado já antecipa que Orozimbo e Sinomar deverão ser indiciados por aborto. Eles brigaram a socos e pontapés enquanto Gislaine aguardava o nascimento da filha.

O bebê teve sofrimento agudo até ser retirado do útero da mãe por meio de uma cesárea, conforme apontou o primeiro laudo.

Depois do episódio, os dois foram demitidos. As investigações apontaram que o plantão era de Sinomar e Orozimbo já havia feito o prontuário de entrada da paciente. As testemunhas reforçam a argumentação de Sinomar, conforme o delegado.

Elas apontam que a briga ocorreu na porta da sala onde estava a gestante. Orozimbo começou a agressão, na versão de Sinomar e das testemunhas.

À Polícia Civil, Sinomar reforçou o que havia dito em relação ao tumulto. Ele afirma que ao entrar na sala constatou que Orozimbo havia colocado na vagina da gestante comprimidos de medicamento abortivo à base de misoprostol, o citotec.

O procedimento é usado para induzir o parto e, Sinomar ressalta que o parto transcorria normalmente, portanto, não concordava. Sinomar afirma que estava de plantão e, por isso, faria o parto.



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