O ex-técnico João Avelino, 77 anos, conhecido como 71, morreu ontem, em sua casa, vítima de uma parada cardiorrespiratória. Ele sofria do Mal de Alzheimer desde 2000 e era cuidado por sua esposa. Foi sepultado em São Paulo - capital. Contava que o 71, era o seu número, quando foi aluno do Senac.

Durante sua carreira, Avelino trabalhou no Corinthians (foi auxiliar-técnico de Oswaldo Brandão na conquista do Campeonato Paulista de 1977), no Palmeiras, no Paysandu, no Remo, no Nacional-SP, no Noroeste-SP e no América-SP, clube pelo qual teve dez passagens.

O último clube de Avelino foi o Cerro Porteño, do Paraguai, no qual ele foi auxiliar-técnico do brasileiro Paulo César Carpegiani. Depois disso, o 71 trabalhou em um projeto da prefeitura de São Paulo para crianças carentes.

Existem muitas histórias sobre João Avelino. Veja essa:
Além das estratégias pouco ortodoxas, Avelino costumava apelar ao lado espiritual. Em 1986, quando dirigia o América-SP, ele chamou o amigo J. Hawila, atualmente empresário de marketing esportivo, para acompanhar a equipe do interior.

Hawila, que havia acompanhado a Copa do Mundo meses antes, ficou assustado com a quantidade de velas do vestiário do América-SP e questionou Avelino sobre o motivo para aquela estratégia. “O Carlos Bilardo, técnico da Argentina campeã do mundo, não usa nada disso. Ele tem fisiologistas e toda a parte mais avançada da ciência”, comparou o empresário.

“Só que o camisa 10 do Bilardo é o Maradona. O meu é o Niquinha”, respondeu Avelino, justificando a presença de tantas velas no vestiário. Segundo Hawila, que conta essa história, a resposta fez o empresário pegar um fósforo e ajudar a acender as velas.



Com informações do site Cidade do Futebol