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Morre em São Paulo o ex-ministro Olavo Setúbal

Maria Eugênia Castilho/ABr - 27 de agosto de 2008 - 14:34

São Paulo - O ex-ministro das Relações Internacionais no governo José Sarney, Olavo Egydio Setúbal, morreu hoje (27), aos 85 anos, de insuficiência cardíaca. Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês.

O velório será realizado no Centro Empresarial Itaúsa, no Jabaquara, em São Paulo, a partir das 16h até às 10h de amanhã (28). O corpo será cremado nesta quinta-feira, em cerimônia só para a família.

Filho do escritor e poeta Paulo Setúbal e de Francisca de Souza Aranha Setúbal, Olavo perdeu o pai aos 14 anos, passando a contar com as orientações e cuidados de seu tio Alfredo Egydio de Souza Aranha, fundador do Banco Federal de Crédito, atual Banco Itaú. Atualmente, Setúbal presidia o grupo Itaúsa, holding que controla a instituição financeira Itaú.

Paulistano, nascido em 16 de abril de 1923, o banqueiro e político formou-se engenheiro mecânico-eletricista, formado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), e logo depois começou a trabalhar como professor-assistente no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

Assim que conseguiu juntar seus primeiros US$ 10 mil, Olavo Setúbal fundou, em 1947, com seu colega de turma Renato Refinetti, a companhia Artefactos de Metal Deca Ltda. Em 1953, a companhia adquiriu uma indústria de válvulas de descarga. O sucesso foi tamanho que logo seu tio Alfredo chamou-o para salvar o Banco Federal de Crédito, então com problemas financeiros.

Olavo Setúbal percebeu que a rápida expansão do Federal de Crédito só seria viável com a fusão ou incorporação de outros bancos, adquirindo assim o Itaú. A fusão Federal-Itaú foi concretizada em 2 de janeiro de 1965. Em dez anos, entre 1965 e 1975, a instituição cresceu com importantes fusões, aquisições e incorporações, como as dos bancos Sul-Americano, América, Aliança e Português do Brasil.

No início de 1975, assumiu a Prefeitura de São Paulo a convite do governador Paulo Egydio Martins.

De volta ao banco em 1979, Olavo assumiu a presidência do Grupo Itaú. José Carlos Moraes Abreu permaneceu como diretor-geral.

Atuou ao lado de Tancredo Neves, articulando a criação do Partido Popular (PP). Convidado pelo presidente eleito, Tancredo Neves, em 1985, Olavo Setúbal foi nomeado ministro das Relações Exteriores, deixando sua marca em importantes iniciativas, como a que deu origem ao Mercosul. Após um ano, decidiu abandonar definitivamente a vida pública e retomar suas atividades no Itaú.

Olavo Setúbal deixa a esposa, Daisy, e os filhos Paulo, Maria Alice, Olavo Jr., Roberto, José Luiz, Alfredo e Ricardo, além de 19 netos.



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