Morreu nesta madrugada, após 14 dias internado, o líder palestino Mohamed Abed Arouf Arafato, mais conhecido como “Yasser Arafat”. Aos 75 anos, ele vinha sobrevivendo por aparelhos e sua morte já estava sendo esperada, para essa semana. Os médicos do hospital militar Percy, em Clamart, a sudoeste de Paris, declararam que a falência múltipla dos órgãos foi provocada por uma doença desconhecida. Segundo a Folha Online, ele morreu às 03h30 (horário de Paris) e deve ser sepultado em Ramallah, principal cidade da Cisjordânia. Os palestinos preparam o velório no prédio do quartel-general de Arafat, que teve parte destruída após um ataque israelense. No local, deverá ser construída uma mesquita. Antes de chegar a Ramalhah, o corpo deve fazer uma escala no Cairo, capital do Egito, para uma cerimônia da qual participariam líderes árabes da região. Arafat deixa uma filha de nove anos. A morte dele marca o fim de uma era de resistência e enfrentamentos com os israelenses para a criação de um Estado palestino no Oriente Médio. Yasser Arafat escapou de mais de 50 atentados e muitas conspirações. Aos 35 anos ele trocou uma carreira, onde poderia ter ficado rico, por uma vida de lutas políticas pelo reconhecimento do Estado Palestino. Em 1994 ele recebeu o Prêmio Nobel da paz, juntamente com Rabin e Shimon Peres, ministro do Exterior de Israel, devido a briga pela independência de sua nação. Nascido no Cairo, em 04 de agosto de 1929, ele era o nome palestino mais conhecido no exterior.