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Morre Alfredo Di Stéfano

Portal Terra - 07 de julho de 2014 - 14:45

os melhores jogadores de futebol da história, o argentino Alfredo Di Stéfano morreu, nesta segunda-feira, aos 88 anos, no hospital Gregorio Marañón, em Madri. Naturalizado espanhol, ele sofreu uma parada cardíaca na última sexta, quando saía de um restaurante no qual comemorava o próprio aniversário, e foi internado com urgência. Resistiu em coma por quase três dias, mas morreu neste início de tarde. O futebol perdeu um de seus gênios. O maior craque que havia consagrado antes de Pelé.

Di Stéfano começou a sofrer com problemas de saúde já na década passada, quando passou inclusive passou por uma cirurgia cardíaca, começou a usar marca-passo e teve que andar com cadeira de rodas diversas vezes. Desde 2013, o seu estado de saúde tinha piorado, o que causou diversas internações.

A mais grave delas aconteceu nesta sexta-feira, após uma parada cardiorrespiratória. O argentino, que completou 88 anos há três dias, estava saindo de um restaurante próximo ao Estádio Santiago Bernabéu, em comemoração à data especial, quando se sentiu mal. Depois de ser atendido por uma unidade móvel, foi transferido para o hospital Gregorio Marañón e internado em estado grave.

Os primeiros boletins informaram que ele estava sedado e respirava por aparelhos. A gravidade era enorme, mas o quadro, estável. O maior craque que o futebol havia consagrado antes de Pelé driblou a morte enquanto pode, mas nesta segunda-feira não resistiu. Pai de seis filhos, deixou o planeta às 12h15 (de Brasília) e o esporte, ainda mais pobre.

O Real Madrid, clube no qual Di Stéfano se tornou grande ídolo e do qual e era o presidente de honra, emitiu um comunicado lamentando o ocorrido. “O presidente Florentino Pérez e a Junta Diretiva do Real Madrid querem expressar as suas mais profundas condolências e todo o seu carinho e afeto aos filhos, familiares e amigos de Di Stéfano. O Real Madrid estende estas condolências ao madridistas de todo o mundo e aos que sentem com emoção a perda do melhor jogador de todos os tempos”.

Um craque de três nações

Três países foram palcos do incrível futebol de Di Stéfano, um artilheiro nato, eficiente e de impressionante técnica. Inicialmente, ele se tornou um ídolo no país em que nasceu, a Argentina. Revelado pelo River Plate, teve uma passagem pelo Huracán, mas logo voltou ao clube do Monumental de Nuñez capital para se consagrar: foi campeão e artilheiro pelo River em 1945.

Pelo Real Madrid, Di Stéfano foi octacampeão espanhol e penta europeu; Além disto, conquistou o título mundial
Foto: Hulton Archive / Getty Images
Porém, em busca de melhorias para o futebol argentino, os jogadores do país fizeram uma greve no ano seguinte. Como eles não foram atendidos, a maioria migrou para outros países. Foi o que levou Di Stéfano para a Colômbia.

Criou-se então a oportunidade perfeita para Di Stéfano fazer história em outro país: pelos Millonarios, ele formou um time histórico, ao lado de outros astros da época. Conhecido como "Ballet Azul", aquele time ganhou tudo e deu espetáculo a partir de 1949 até a saída de Di Stéfano.

Em 1953, o futebol espanhol mostrou interesse em contar com a eficiência de Di Stéfano. Barcelona e Real Madrid iniciaram uma longa disputa para ter o argentino. Foi feito até um acordo para que ele atuasse dois anos em cada clube, mas os catalães desistiram e assim ele foi para o time da capital.

À primeira vista

Foi o começo de uma história de amor: a torcida merengue se apaixonou por Di Stéfano, que conquistou o Campeonato Espanhol oito vezes (1954, 1955, 1957, 1958, 1961, 1962, 1963 e 1964), a Liga dos Campeões cinco vezes (1956, 1957, 1958, 1959 e 1960) e um Mundial (1960). E o próprio Di Stéfano se apaixonou pela Espanha: passou a defender a seleção do país a partir de 1957. Era uma época em que não havia tanta fiscalização contra naturalizações. Di Stéfano já tinha jogado poucas vezes pela Argentina, mas pode defender a seleção espanhola normalmente.

Di Stéfano foi nomeado presidente de honra do Real Madrid e, em 2009, participou da apresentação de Kaká no clube merengue

Porém, Di Stéfano não repetiu o sucesso dos clubes na seleção, pois a Espanha sequer se classificou para a Copa do Mundo de 1958 e nem para a Eurocopa de 1960. Em 1962, o Brasil ajudou a eliminar a Espanha de Di Stéfano na fase de grupos do Mundial.

Di Stéfano só saiu do Real Madrid em 1964 e continuou como rival do Barcelona, pois defendeu o Espanyol, também da Catalunha, por duas temporadas. Então ele resolveu se aposentar aos 40 anos e começou sua carreira de técnico.

Reconhecimento e adeus

O sucesso no banco não foi tão grande quanto em campo. Primeiro ele foi campeão argentino com Boca Juniors e depois espanhol com o Valencia. Mas teve temporadas discretas até voltar para Argentina e ser campeão novamente pelo River Plate. Seu último trabalho como treinador aconteceu em 1991, pelo Real Madrid, clube no qual virou presidente honorário posteriormente.

Os problemas de saúde de Di Stéfano começaram a surgir na década passada, quando ele inclusive passou por uma cirurgia cardíaca, começou a usar marca-passo e teve que andar com cadeira de rodas diversas vezes. Desde 2013, o estado de saúde tinha piorado, o que causou diversas internações. Ele driblou a morte enquanto pode, mas desta vez não resistiu.

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