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Geral

MMX não deixará o Estado e ainda vai investir R$ 570 mi

Jefferson da Luz - Campo Grande News - 23 de outubro de 2008 - 16:21

A siderúrgica MMX não pensa em deixar Mato Grosso do Sul e ainda vai investir R$ 570 milhões na planta de Corumbá. Foi o que disse hoje o gerente geral de desenvolvimento sustável da empresa, Vicente Cantini.

“Em nosso plano de negócios, até 2009 serão investidos R$ 570 milhões na MMX Corumbá. Não existe a possibilidade de deixarmos o Estado”, garantiu Cantini.

O presidente do grupo EBX, ao qual pertence a MMX, Eike Batista, disse recentemente que, as constantes multas dadas pelo Ibama (Instituto Nacional do Meio Ambiente) à siderúrgica, estavam inviabilizando as operações e que havia a possibilidade de se fechar a planta de Corumbá.

No início deste mês a MMX recebeu cinco multas que chegavam a mais de R$ 29,4 milhões. O motivo, segundo o Ibama, foi a compra de carvão vegetal sem o Documento de Origem Florestal, que garante que o carvão foi obtido de forma sustentável.

“Nós temos como princípio só comprarmos insumos de empresas responsáveis. A empresa já recorreu da multa e estamos confiantes de que vamos ganhar”, disse Cantini.

Para garantir a produção de 400 mil toneladas por ano de ferro gusa, a empresa compra carvão de setenta carvoarias no Estado. Porém existem planos para a formação de 34 mil hectares de eucalipto, o que tornará a siderúrgica auto-suficiente em carvão até 2017. “Isso pode ser acelerado se nós conseguirmos comprar um milhão de hectares já formados”, acrescenta.

Ele ressaltou ainda que no início esta semana a MMX assinou um Termo de Ajuste de Conduta com o Ministério Público Estadual, no qual a siderúrgica se compromete a fiscalizar as condições de trabalho, saúde e situação previdenciária dos funcionários das empresas de quem a MMX compra os insumos, mais especificamente, carvão.

“Nós temos certeza de essas empresas têm o licenciamento ambiental, agora vamos ver o outro lado também, o lado do trabalhador”, afirma.

Crise – Mesmo com a crise financeira internacional, que tem afetado o mercado ferro e de minério de ferro, Cantini está otimista quanto ao futuro da MMX em Corumbá.

“Mesmo com a queda na atividade econômica, não houve redução em nossa produção. Isso porque nós trabalhamos com contratos de longo prazo. Nossos compradores continuam querendo nosso produto”, revelou.

Segundo ele, os principais clientes da MMX estão na Ásia, onde a China é o grande comprador de ferro.

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