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Mitos e verdades sobre o diagnóstico odontológico; cárie é contagiosa

Hugo Rosin - 25 de setembro de 2014 - 16:19

O sorriso perfeito é o cartão de visita e dentes saudáveis não são meros adereços estéticos

Brocas, alicates e agulhas. À primeira vista, esses instrumentos assustam boa parte das pessoas, que visitam um dentista. Muitos acabam até esquecendo que a boca abriga diversas doenças que, se não forem tratadas corretamente, colocam em risco, não apenas a saúde bucal, mas também a saude em geral.

Hugo Rosin, diretor executivo da DVI Radiologia - empresa especializada em diagnóstico por imagem em Odontologia -, aponta quais são os mitos e verdades mais comuns, esclarecendo algumas dúvidas bastante corriqueiras durante o tratamento odontológico:

1. Se a pessoa não sentir dor, não precisa ir ao dentista.
Mito. Mesmo sem apresentar dor, a visita ao dentista é fundamental, pelo menos duas vezes ano, pois várias enfermidades da boca, como bruxismo (ranger ou apertar os dentes durante o sono) e periodontite (grau mais avançado da gengivite), podem ter uma progressão silenciosa.

2. Tomar muito antibiótico na infância pode deixar os dentes mais fracos.
Parcialmente Verdade. Alguns medicamentos podem provocar má formação nos tecidos dentários, como por exemplo a tetraciclina. Entretanto, tudo depende da dose administrada e da idade em que o paciente toma esse medicamento. Geralmente, antibióticos não causam esse tipo de problema.

3. Inflamação e infecção gengival podem causar problemas cardíacos.
Verdade. Sim, pois as bactérias, que se acumulam na gengiva, podem migrar para os tecidos do coração, provocando uma infecção conhecida como endocardite bacteriana. É preciso ficar atento, porque o mau hálito pode ser um indício de problemas não bucais, oriundos do sistema digestivo ou respiratório.

4. O chiclete pode ser benéfico para a saúde bucal.
Verdade. Pode ser benéfico se o chiclete for rico em xilitol, um tipo de açúcar que não provoca cáries. O chiclete estimula a salivação, que tem a propriedade de impedir a progressão da cárie em seu estágio inicial. Entretanto, é preciso tomar um outro cuidado: mascar chiclete por mais de 20 minutos pode provocar fadiga na musculatura da mastigação.

5. O flúor fortalece os dentes do bebê.
Verdade. O flúor ajuda na prevenção das cáries em qualquer idade, porém, crianças com menos de quatro anos costumam ingerir a pasta dental, o que não é recomendado. Essa ingestão pode provocar uma doença chamada fluorose, que são manchas provocadas no esmalte dentário por conta da ingestão excessiva de flúor. Nesse caso é recomendado que bebês e crianças, até quatro anos de idade, usem pasta dental sem flúor.

6. Cárie é contagiosa.
Verdade. Sim, a cárie pode ser transmitida pelo beijo ou compartilhamento de objetos pessoais que vão à boca, como a escova de dente.

7. O amálgama (restauração de cor prata) é tóxico.
Verdade. O amálgama contém mercúrio e, além de não ser um material estético, seus resíduos podem contaminar tanto o meio ambiente quanto o profissional e o paciente, se a manipulação não for correta. Há inúmeras alternativas de materiais resinosos, que são esteticamente mais seguros.

8. Gravidez aumenta a propensão às cáries e deixa as gengivas mais sensíveis.
Parcialmente Verdade. Nesse período, a mulher sofre diversas alterações hormonais, que podem gerar um aumento nos problemas gengivais (sangramento, retrações da gengiva), na quantidade de cáries e na sensibilidade dental as temperaturas. Outro fator, que explica essa fragilidade na saúde bucal, é a mudança nos hábitos alimentares na gravidez, mas isso pode variar de pessoa para pessoa.

9. Durante a gravidez, o exame radiográfico pode prejudicar o feto.
Mito. Se feito com a proteção adequada (avental de chumbo), o exame não é prejudicial ao feto. Porém, para evitar possíveis problemas durante este período, sua realização é indicado somente em casos de urgência.

10. O dente do siso só pode ser arrancado quando cresce.
Mito. O dente do siso pode ser extraído antes de "nascer". Diversos fatores levam a extração do dente, como falta de espaço na arcada, por oferecer risco de comprometer os dentes vizinhos ou por estar parcialmente irrompido e oferecer dificuldade de higienização.

Hugo Rosin é diretor executivo da DVI Radiologia, cirurgião-dentista formado pela FORP-USP, especialista em radiologia pela FOP-UNICAMP e especialista em ortodontia pela FOAR-UNESP.

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