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Mitos e verdades sobre a vitamina C

Portal Educação Física - 23 de agosto de 2015 - 15:00

Para a maioria das pessoas, a ingestão de vitamina C é uma das principais formas de prevenir os resfriados. A ideia surgiu em 1970, ano em que o químico norte-americano Linus Pauling, ganhador de dois prêmios Nobel, lançou o livro “Vitamina C e o Resfriado”, no qual pregava que um grama diário de vitamina C era o suficiente para reduzir em 45% a incidência de resfriados.

Atualmente, médicos e nutricionistas questionam a teoria de Pauling. Pesquisadores europeus desenvolveram o maior estudo de revisão sobre o papel da vitamina C em relação a gripes e resfriados e concluíram que a receita é absolutamente ineficaz, exceto para atletas de alta performance, como maratonistas ou triatletas.

“No grupo pesquisado, aqueles que tomavam a vitamina regularmente ficavam doentes com uma frequência 50% menor. Para o resto das pessoas os efeitos preventivos da vitamina C eram os mesmos de um placebo, ou seja, não tinham serventia nenhuma”, afirma Mauro Scharf, endocrinologista e diretor médico do Lâmina Medicina Diagnóstica. O especialista reforça que esta análise avaliou que a vitamina C se mostrou útil apenas para aliviar os sintomas de gripes e resfriados e para diminuir o mal-estar do paciente.

O estudo considerou atletas apenas aqueles que treinam no mínimo uma hora e meia por dia, de cinco a seis vezes por semana. O que se sabe é que, depois de exercícios muito árduos, o organismo precisa recompor tecidos danificados ou extenuados pela atividade intensa. Nestas funções de esforço físico acontece um grande rebaixamento da presença de vitamina C. “Em geral, os benefícios da suplementação de vitamina C na prevenção de gripes e resfriados só valem para quem treina pesado”, diz o médico.

Sabe-se que a vitamina C auxilia na formação de glóbulos vermelhos e de reparação, agindo como um fator na produção de colágeno, um tecido conectivo importante no corpo. Além disso, o nutriente ajuda o corpo a absorver o ferro a partir das folhas que comemos. Além disso, a vitamina C, também conhecida como ácido ascórbico, protege as células do corpo e tecidos dos danos causados por radicais livres, ou seja, antioxidante protetor.

De acordo com Scharf, há um debate contínuo sobre a quantidade diária ideal de vitamina C a ser ingerida pelas pessoas que tenham ritmo de vida e de atividade física medianos. “Concorda-se que uma dieta balanceada e sem suplementos é suficiente para a ingestão do nutriente”, afirma. Já as altas doses (milhares de miligramas) podem causar diarreia, náusea, vômito, dor de cabeça, fadiga e perturbação do sono. O uso prolongado pode ainda facilitar o aparecimento de cálculos (pedras) no sistema urinário.

A Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos recomenda que a ingestão diária de vitamina C seja de 60 a 95 miligramas por dia.

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