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Missão tentar restabelecer status sanitário de MS

Fernanda Mathias - Campo Grande News - 18 de janeiro de 2008 - 08:54

Uma missão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, está na França, onde tenta junto à OIE (Organização Internacional de Epizootias) restabelecer o status sanitário de Mato Grosso do Sul e outros 10 estados brasileiros, além do Distrito Federal. Caso haja uma manifestação positiva, o Estado pode pôr fim a restrições para exportação de carne bovina que vigoram desde outubro de 2005, quando ocorreram focos de febre aftosa em Eldorado, Mundo Novo e Japorã.

A defesa de Mato Grosso do Sul, Paraná, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Tocantins, Bahia, Sergipe e no Distrito Federal, estava prevista para ocorrer nesta quinta-feira. A OIE avaliará a consistência técnica-científica do relatório preparado pela SDA antes de remetê-lo ao seu comitê científico, segundo o Mapa. “Nós estamos seguros de que o trabalho foi realizado a contento. Com o reconhecimento que nós esperamos obter da OIE, o Brasil terá cerca de 90% do rebanho bovino do país como livre de aftosa com vacinação”, diz o diretor interino do Departamento de Saúde Animal da SDA, Guilherme Marques

Os técnicos do Ministério elaboraram relatório detalhado que demonstra a ausência de circulação do vírus da febre aftosa nos estados. O superintendente federal de Agricultura de Mato Grosso do Sul, Orlando Baez, afirma que no caso de Mato Grosso do Sul a última coleta totalizou 35 mil amostras e nenhuma foi reagente. “A febre aftosa é uma página virada”, garante.

Ele diz que se a OIE aceitar os argumentos brasileiros é só questão de tempo para que mercados que estavam fechados para a carne brasileira retomem as compras. “O status é retomado a partir do momento que oficializarem a decisão, este mês ou mês que vem”, diz.

Rastreabilidade Superado o problema da aftosa, a pecuária ainda terá que avançar muito quanto à rastreabilidade. Em Mato Grosso do Sul somente 3,5 milhões de bovinos estão rastreados conforme as regras vigentes o que não chega a 15% do rebanho total do Estado. São 1,4 mil propriedades incluídas no sistema de rastreabilidade, número que desagradou a última missão européia, que esteve no Brasil no fim do ano passado. Uma nova missão virá entre março e abril.

Baez diz que a rastreabilidade inevitavelmente terá de ser adaptada pelos pecuaristas, porque a tendência é que além da Europa, outros mercados possam colocar a rastreabilidade como condição para compra, além do próprio mercado interno, destino da maior parte da produção. “Vai chegar um ponto em que o consumidor vai ter que entender como o animal foi criado, manejado,as vacinas que recebeu. É uma questão de segurança alimentar”, diz. Os criadores argumentam que o sistema extensivo da pecuária do Brasil impõe dificuldades muito maiores que o sistema europeu para implantação da rastreabilidade.

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