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Missão brasileira quer vender carne no mercado asiático

Mapa Imprensa - 20 de janeiro de 2004 - 15:52

O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Maçao Tadano, embarca no próximo dia 22 para a Ásia para demonstrar às autoridades do Japão, Coréia e Taiwan a situação sanitária da pecuária nacional, conforme anunciou o ministro Roberto Rodrigues. Tadano lidera uma delegação composta por representantes da cadeia produtiva de carnes bovina, suína e de frango, além de técnicos do Ministério da Agricultura e Embrapa, que iniciará as negociações para abertura daqueles mercados às carnes brasileiras. A convite do governo inglês, Tadano conhece hoje e amanhã os programas de sanidade animal (aves, bovino e suíno) adotados no Reino Unido.

Os três países se tornaram potenciais compradores dos produtos brasileiros, a partir da ocorrência do mal da vaca louca nos Estados Unidos, principal fornecedor de carne bovina para a Ásia. A delegação visitará as capitais, Tóquio, Seul e Taipei, entre os dias 26 de janeiro e 4 de fevereiro. No Japão, a missão também obterá informações sobre as providências para autorização da exportação de mangas do Brasil para aquele país, algo que já vem sendo tratado há mais de duas décadas. De acordo com o chefe de Cooperação Técnica e Acordos Sanitários Internacionais do Ministério da Agricultura, Odilson Ribeiro, a expectativa é de que, após a aprovação do tratamento hidrotérmico das mangas, sejam concluídas as análises finais das informações fitossanitárias prestadas pelo governo brasileiro.

Conforme o ministro Roberto Rodrigues, o mercado asiático compra hoje cerca de 450 mil toneladas de carne bovina por ano dos Estados Unidos. Só o Japão importa 130 mil toneladas/ano do produto norte-americano. Ele lembrou ainda que o Brasil está discutindo a abertura do mercado dos EUA para a carne bovina in natura. Segundo Rodrigues, uma missão técnica norte-americana visitará frigoríficos brasileiros em fevereiro, dando prosseguimento ao processo que visa a autorizar o país a exportar carne verde para os EUA. O ministro acredita que as negociações com os Estados Unidos estejam concluídas até o final deste semestre.

Na avaliação de Rodrigues, há um cenário favorável ao Brasil não só em relação à carne bovina. Ele acha que haverá um aumento da demanda interna dos EUA por frango, em razão da doença da vaca louca. Isso, enfatizou ele, deverá abrir espaço para o frango brasileiro em outros mercados, como o russo, por exemplo. O ministro projeta ainda um crescimento nas exportações de milho e de soja, em conseqüência do problema sanitário enfrentado pela pecuária norte-americana. Como efeito do surgimento da vaca louca nos Estados Unidos, Rodrigues estima que as exportações brasileiras do complexo carnes possam crescer em US$ 600 milhões neste ano, chegando a US$ 4,6 bilhões, contra os US$ 4 bilhões alcançados em 2003.





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