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Ministro palestino e médicos negam morte de Arafat

Dourados News - 09 de novembro de 2004 - 14:25

A agência de notícias AFP disse que, de acordo com o ministro palestino encarregado das negociações, Saeb Erakat, e com médicos do hospital francês onde Yasser Arafat está internado, o presidente da Autoridade Nacional Palestina se encontra em "estado crítico, mas segue vivo". Apesar das negativas, a agência Reuters afirma que três fontes palestinas próximas ao líder confirmaram sua morte, que teria ocorrido na noite passada após uma hemorragia cerebral.

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP) está internado em coma no hospital militar de Percy, nas proximidades de Paris. O serviço de saúde do exército francês declarou, logo depois dos rumores sobre a morte, que Arafat "não está morto", assegurando que "os termos do comunicado difundido neste dia pelo general Christian Estripeau continuam sendo válidos".

Fontes da delegação palestina que, mais cedo, visitaram o dirigente no hospital, disseram que o estado de saúde do líder palestino é "muito grave" e que ele tem poucas horas de vida. O ministro palestino Nabil Shaath disse à CNN que ainda não fora tomada nenhuma decisão para desligar os aparelhos que mantêm Arafat vivo.

"Não acreditamos na eutanásia. Está fora de questão que alguém tome uma decisão em relação aos aparelhos", disse. Segundo ele, está descartado que a doença de Arafat seja câncer ou decorrente de envenenamento.

A informação da morte foi divulgada pelas rádios israelenses e pelos jornais Haaretz e La Repubblica. A mídia israelense chegou a afirmar que Arafat será desligado dos aparelhos que o mantêm vivo depois da visita dos líderes palestinos.

Segundo a rede Al-Jazira, citando fontes palestinas, a declaração de morte de Arafat só será dada na cidade de Ramalá, na Cisjordânia, Segundo a rede, a delegação palestina deve voltar com urgência aos territórios palestinos depois de se reunir, ainda hoje, com o presidente da França, Jacques Chirac.

Além de Abbas, visitaram o hospital o primeiro-ministro da ANP, Ahmed Qorei, o ministro de Exteriores, Nabil Shaat, e o presidente do Conselho Legislativo, Ruhi Fatuh. Nabil Shaat, disse que Arafat continua ligado a um aparelho de respiração. Qorei foi o único que pôde ver Arafat, pois entrou na Unidade de Tratamento Intensivo acompanhado apenas por uma guarda-costas do presidente. No entanto, todos eles receberam um relatório detalhado dos médicos que atendem ao líder histórico palestino no hospital.

O estado de Arafat agravou-se na noite passada, mas oficialmente ninguém confirmou sua morte. Horas antes, as autoridades médicas militares francesas haviam afirmado que o estado de Arafat havia se agravado durante a noite e que seu coma era "mais profundo". Foi a primeira vez que os médicos franceses se mostraram tão alarmistas sobre a condição de Arafat desde que este deu entrada no hospital de Percy em 29 de outubro.





Redação Terra

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