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Ministro fala em oito sedes na Copa-2014 e depois recua

Midiamax - 24 de abril de 2010 - 10:10

O ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., afirmou ontem que podem ser excluídas até 4 das 12 cidades-sedes da Copa de 2014 por conta de atrasos nos projetos dos estádios. Assim, o Mundial no Brasil passaria a ter só oito sedes.

Horas mais tarde, no entanto, diante da repercussão das declarações de seu titular, o ministério divulgou nota oficial em que nega haver plano do governo federal para reduzir as sedes. E afirma não ter responsabilidade sobre o assunto.

Mas, durante fórum de empresários na Bahia, Silva Jr. tratou do tema sem ressalvas.

"Possibilidade de exclusão [de sede] sempre existe. Insisto: o plano da Fifa era construir em 8 cidades. Nós é que insistimos para que fossem 12", disse Silva Jr., que afirmou que o ministério não trabalhava com a mudança de cenário agora.

"Não há Plano B do Governo Federal para reduzir o número de cidades-sedes da Copa do Mundo 2014. Estádios é assunto entre as cidades, Estados e a Fifa", disse mais tarde o Ministério do Esporte, em nota.

É a Fifa que tem a prerrogativa de escolher e cortar sedes do Mundial pelas regras dos contratos assinados pelo Brasil.

Para Silva Jr., será importante observar o andamento das obras no dia 3 de maio, prazo máximo da entidade para o início das reformas. Mas ele disse que o caso de cada estádio será analisado em separado.

A primeira data era o início de março, mas foi postergada porque a maioria tinha feito pouca coisa ou nada.

Entre os estádios com problemas, está o Morumbi, com o projeto ainda criticado pela Fifa e sob fogo da CBF.

"Não há plano B em São Paulo. O único plano de São Paulo é o Morumbi como sede dos jogos da Copa. O que tem que ser feito é cumprir os critérios da Fifa. Insisto: em São Paulo não há plano B. É o Morumbi e ponto final. Quem disse isso foi o Estado, a prefeitura", afirmou o ministro, que elogiou São Paulo por ter um projeto privado.

A lista das cidades com problemas para cumprir a data da Fifa inclui Natal, Salvador e o Rio de Janeiro, caso mais grave por ser indicado à final.

A entidade máxima do futebol mundial pediu a revisão do projeto do estádio carioca, cuja licitação teve de ser adiada.

Na primeira data da entidade, operários trabalharam no Maracanã só para serem vistos por jornalistas e foram dispensados logo em seguida.

Em Salvador, a licitação para obras da Fonte Nova enfrenta problemas judiciais e terá que ser refeita. Mas o ministro disse que a cidade já avançou no acordo com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para o financiamento da obra.

Em Natal, há problemas justamente para obter o dinheiro para construir a Arena das Dunas, disse o senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), que pediu uma revisão do prazo. O ministro prometeu analisar.

No geral, Silva Jr. eximiu-se pelos problemas dos atrasos das obras nos estádios por serem tarefa dos Estados e municípios. Segundo ele, a União fez sua parte ao abrir uma linha de financiamento às arenas.

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