O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, entregou há pouco ao presidente do Congresso, Renan Calheiros, a proposta orçamentária do governo para 2006. Ele informou que o orçamento para o próximo ano prevê R$ 14 bilhões para investimentos.
Para a área social, o ministro explicou que estão previstos para o Bolsa-Família mais de R$ 9,5 bilhões. Para a agricultura familiar, o projeto destina R$ 9 bilhões, e para a saúde, R$ 41,1 bilhões.
Paulo Bernardo considera a proposta orçamentária para 2006 equilibrada e concorda com as reivindicações para acelerar a execução orçamentária dos investimentos para área de infra-estrutura.

IBGE
Em relação à suspensão do Censo deste ano, anunciada pelo IBGE por falta de recursos, o ministro afirmou que os dirigentes do instituto não haviam apresentado nenhuma reivindicação sobre isso até a conclusão da elaboração da proposta orçamentária.

Meta de superávit
O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros, criticou o aumento da meta de superávit primário para 2006 em relação a 2005. Ele lembrou que neste ano o governo já superou a meta prevista na lei orçamentária, que era de 4,25% e já está em 6,7%.
Renan Calheiros também classificou a proposta do governo como uma "peça de ficção", pois 100% dos recursos previstos para investimentos são passíveis de contingenciamento.

Relatorias setoriais
O relator do Orçamento, deputado Carlito Merss (PT-SC), anunciou que pretende definir até o dia 15 de setembro os 10 relatores setoriais para permitir um discussão mais aprofundada.