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Ministro discute cortes no Orçamento com líderes às 15h
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, reúne-se hoje, às 15 horas, com os líderes partidários na Câmara e no Senado para discutir os cortes de R$ 20 bilhões no Orçamento deste ano. Segundo o ministro, será feita uma apresentação aos líderes com sugestões para ajustar as despesas. Ele antecipou, no entanto, que a maior parte dos cortes para compensar a perda da CPMF deve incidir sobre os gastos do Executivo.
"O trabalho mais difícil começa agora: fazer o corte virar realidade, detalhando cada despesa, cada ministério, cada obra. Desses R$ 20 bilhões, talvez 90% recaiam sobre as despesas do Executivo. Eu não tenho ainda essa proporção fechada, mas tem de ser proporcional à dotação orçamentária, porque senão haveria um peso muito grande no Legislativo e no Judiciário", explicou Paulo Bernardo.
O ministro voltou a defender a preservação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mas admitiu que os recursos podem ser remanejados de acordo com o andamento das obras.
Já os reajustes para servidores (inclusive militares) estão descartados neste momento. Paulo Bernardo destacou que primeiro é preciso recompor o Orçamento, para então conversar sobre reajustes. O ministro voltou a defender a suspensão das emendas coletivas de parlamentares.
O relator do Orçamento, deputado José Pimentel (PT-CE), disse que as emendas individuais e coletivas não serão tratadas de forma diferenciada. "As emendas integram o Orçamento dos três poderes; não são peças avulsas. As individuais atendem prioritariamente aos municípios, e as coletivas atendem aos estados, ao Distrito Federal, ao Executivo, ao Legislativo ao Judiciário e também ao Ministério Público; portanto, as emendas fazem parte do orçamento e serão tratadas dessa maneira", disse.
Agência Câmara