A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, classificou como “faraônico” o Programa Pantanal, da forma como foi concebido, ao defender, nesta manhã, em Campo Grande, que ele seja remodelado para se tornar “exequível”. Na prática, a remodelação, já defendida pelos governadores do Mato Grosso do Sul, Zeca do PT, e Mato Grosso, Blairo Maggi (PPS), significa reduzir o montante em empréstimo a ser contraído junto ao BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), financiador do projeto.
Marina Silva diz que não há necessidade de se tratar o programa, idealizado há mais de 10 anos, como “uma herança maldita”, mas defendeu que ele precisa sim de alterações para se tornar realizável. Inicialmente, o Programa Pantanal, que envolvia apenas os dois estados que tem área do Pantanal e depois foi federalizado, previa investimentos de mais de US$ 400 milhões em saneamento e desenvolvimento econômico, além de recuperação do meio ambiente.
Desse total, pelo menos US$ 100 milhões já estão contraídos e estão parados no BID, aguardando a contrapartida do governo para que seja liberado. Como os governos já decidiram que nos moldes atuais o programa não tem condições de ser realizado, ele continuará parado por tempo indeterminado.
A ministra está em Campo Grande para participar da Conferência do Meio Ambiente, que foi aberta hoje e vai até sexta-feira.