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Ministério preocupado com incidência de hanseníase

Nielmar de Oliveira / ABr - 11 de abril de 2005 - 13:13

O Brasil registra por ano cerca de 3 mil casos de hanseníase em crianças de até 14 anos. O dado que se refere à média registrada nos últimos cinco anos preocupa o Ministério da Saúde. "Este é um dado lamentável e que indica que nós estamos permitindo que nossas crianças adoeçam. Um país que já eliminou a poliomielite, o sarampo, não pode permitir que suas crianças adoeçam por hanseníase", lamenta a coordenadora do Programa Nacional de Eliminação da Hanseníase, Rosa Castalia.

O ministério pretende reduzir o número de casos de hanseníase, dos atuais 1,7 para cada 10 mil habitantes, para um caso a cada 10 mil habitantes até o final de 2005. Hoje (11), a Secretaria de Vigilância em Saúde do ministério está discutindo no Rio de Janeiro os resultados do programa de eliminação da doença no Centro-Sul do país.

Na avaliação da coordenadora, sem o engajamento de todas as esferas de governo não será possível atingir a meta estabelecida para este ano. "Com o Sistema Único de Saúde (SUS) tendo estados e municípios como gestores da sua rede básica de saúde, é fundamental que todos assumam as ações de diagnóstico e tratamento da doença. Sem isto, não é possível atingir a meta até o final do ano".

Ainda segundo Rosa Castalia, as principais dificuldades para o controle da doença são a centralização, o preconceito e a desinformação. "Há poucos locais adequados ao tratamento em cada estado e a maioria dos municípios não possui centros de tratamento adequado. O desconhecimento por parte da população e dos serviços de saúde sobre os sintomas das doenças é também um agravante. E a isto se somam o estigma e o preconceito comportamental, que levam os doentes a não procurarem tratamento adequado".

A hanseníase é uma doença causada pelo micróbio Mycobacterium leprae (Bacilo de Hansen), que ataca a pele e os nervos, principalmente dos braços e das pernas. Embora tenha cura, a doença precisa ser descoberta precocemente e tratada de maneira adequada para que não deixe seqüelas.

Serão investidos este ano R$ 13,2 milhões no programa de combate à hanseníase, que tem como principal estratégia integrar as ações de diagnóstico e tratamento da doença na atenção básica. "Isto significa que as equipes do programa Saúde da Família (PSF), Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e todas as Unidades do SUS passam a integrar a rede de atendimento ao paciente, facilitando o acesso universal ao diagnóstico e ao tratamento".

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