O Ministério do Meio Ambiente lamentou, em nota divulgada hoje (14), a morte do presidente da Fuconams (Fundação para Conservação da Natureza de Mato Grosso do Sul), Francisco Anselmo Barros. O ambientalista ateou fogo no próprio corpo para protestar contra o Projeto de Lei do governo estadual que propõe a instalação de agroindústrias de exploração de cana-de-açúcar na região do Pantanal.

Na nota, o ministério esclarece que é contra essa proposta e que defenderá a posição "nas instâncias jurídicas e administrativas pertinentes". Acrescenta que diversos testes científicos confirmam os efeitos do cultivo da cana-de-açúcar no solo, como erosão e degradação, além de diminuição de microorganismos, "principalmente quando a plantação é queimada antes da colheita". O cultivo também "pode comprometer os recursos hídricos com o despejo de produtos químicos, como pesticidas e vinhoto".

Por determinação do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), ainda segundo a nota, estão suspensas desde 1985 as licenças para implantação de novas destilarias de álcool nas bacias hidrográficas na região.

Com informações do Ministério do Meio Ambiente