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Ministério divulga balanço sobre acidente da Gol

Sabrina Craide /ABr - 29 de setembro de 2007 - 12:35

Brasília - Após um ano do choque entre o jato Legacy e o Boeing 737 que fazia o vôo 1907 da Gol, os trabalhos oficiais de apuração ainda não foram concluídos.

A Comissão de Investigação de Acidente Aeronáutico (Ciaa), responsável por procedimentos permanentes para a prevenção de acidentes aéreos, fez 51 recomendações a organizações públicas e privadas.

Essas informações fazem parte de um balanço divulgado pelo Ministério da Defesa em função do primeiro aniversário do acidente da Gol, no qual morreram 154 pessoas.

A Ciaa afirma que algumas normas e procedimentos não foram executados corretamente, embora os equipamentos de comunicação do jato Legacy estivessem em condições de funcionamento até o acidente.

A comissão também não encontrou deficiências nos equipamentos de comunicação e vigilância do controle de tráfego aéreo, apesar de o contato com o jato ter se perdido por causa da falta do sinal do transponder, equipamento que fornece a localização e a altitude de aeronaves.

A investigação está em fase de transição para a confecção do relatório final, que é o último estágio de trabalho da Ciaa. O documento será enviado a entidades internacionais, como o National Transportation Safety Board (NTSB), uma agência independente, cuja principal tarefa é apontar as prováveis causas de acidentes aéreos e promover o transporte seguro.

Em nota divulgada pelo Ministério da Defesa, o presidente da Ciaa, Coronel-Aviador Rufino Antonio da Silva Ferreira, diz que o prazo da investigação está dentro do esperado para um procedimento relacionado a uma situação de grande porte.

A nota também afirma que a comissão teve “envolvimentos adicionais e não previstos” durante os trabalhos de investigação, além de uma série de depoimentos prestados a órgãos externos. O documento também ressalta que em nenhum momento a Ciaa vazou informações à imprensa.

Em relação à crise aérea desencadeada após o acidente, a nota diz que ela resultou do afastamento de 18 controladores de tráfego aéreo para avaliações psicológicas.

Por isso, o número de profissionais não foi suficiente para atender às necessidades do controle de tráfego na área do Cindacta 1, onde o volume de aeronaves era muito grande.

"Este cenário desencadeou uma situação na qual o sistema de controle não apresentava condições de atender satisfatoriamente o fluxo de aeronaves no espaço aéreo, o que, aliado a outros fatores conjunturais, resultou em atrasos, retenções e cancelamentos de vôos, sem comprometer a segurança das operações aéreas”, afirma o documento da Defesa.

Entre as medidas adotadas pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) para reverter o quadro, estão a contratação e treinamento de controladores que já estavam na reserva, a realização de concurso para 64 controladores civis e a abertura de novas turmas de formação de controladores militares.

Também está sendo feita a modernização de radares, a instalação de uma nova central de comunicações reserva no Cindacta 1 e a realização de estudos para propor um redesenho do espaço aéreo brasileiro.


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