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Ministério anuncia mudanças no atendimento à gripe suína

Mariana Jungmann, da Agência Brasil - 04 de julho de 2009 - 08:01

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, anunciou hoje mudanças no protocolo de atendimento da Influenza A (H1N1) – gripe suína. Em casos suspeitos com sintomas leves, o médico deverá encaminhar o paciente para isolamento domiciliar e medicá-lo conforme gripe comum. Nesses casos, não será mais solicitado exame laboratorial para confirmar a doença. Nos casos suspeitos com sintomas graves, os exames e o uso do medicamento específico continuam sendo recomendados.

O Ministério da Saúde já vinha recomendando que, em escolas ou estabelecimentos comerciais nos quais uma pessoa tivesse o diagnóstico confirmado por exame laboratorial, todas as pessoas que frequentassem o local e apresentassem sintomas deveriam ser consideradas infectadas automaticamente. Agora, Temporão estende a decisão a qualquer pessoa que tenha viajado para o exterior ou tido contato com alguém que viajou e está infectado, descartando a necessidade de exame laboratorial para casos leves.

O ministro garantiu que a medida não irá aumentar as chances de que alguém fique sem tratamento, agravando o quadro, ou que o ministério deixe de ter controle sobre a disseminação da doença. “Os médicos vão tratar a doença em caso de diagnóstico clínico, as pessoas não vão deixar de ter tratamento por causa do exame. E, quanto ao monitoramento, o Brasil tem 68 unidades especializadas em todos os estados estruturadas para monitorar os vírus influenza e essa rede colhe material para fornecer informações”, afirmou.

Temporão também pediu à população que ao sentir sintomas de gripe procure um posto de saúde comum ou um médico do plano de saúde. Para evitar superlotação, as unidades de referência só devem ser procuradas em casos graves. O ministro também demonstrou preocupação porque três regiões – Dinamarca, Japão e Hong Kong – detectaram resistência do vírus ao medicamento específico. Por isso, manteve decisão anterior de que o remédio só deve ser receitado em casos graves e nas primeiras 48 horas.

Sobre a transmissão no Brasil, Temporão indicou que o contágio autóctone – aquele em que as pessoas não viajaram, mas contraíram a doença de alguém que esteve fora do país – têm aumentado. Segundo ele, há três semanas eles eram 6% do total de casos. Agora representam 30%.

Por outro lado, segundo o ministro, não há registros de casos autóctones sem o vínculo com alguém que esteve fora do país. E apenas cerca de 30% das amostras que chegam à Fiocruz ou ao Instituto Adolfo Lutz dão positivo para o vírus da Influenza A (H1N1) – gripe suína.

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