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Militante é quem vai indicar candidato, diz Zeca

Agência Popular - 14 de agosto de 2003 - 14:35

O governador Zeca disse, durante reunião com a Comissão Executiva Municipal do PT de Campo Grande, que as candidaturas do partido à sucessão na Capital devem surgir do debate com a militância na instância partidária e com a população.
“O militante é que tem que decidir, não a vanguarda ou lideranças do partido através da imprensa”, observou o governador, que esta manhã também se reuniu com o prefeito de Dourados, Laerte Tetila, juntamente com o secretário de Coordenação Geral do Governo, Paulo Duarte, e o vice-governador Egon Krakhecke para falar sobre política. O governador disse que tem visto o anúncio de prováveis candidatos pela imprensa, em detrimento ao fórum apropriado, que é o partido.
O governador cobrou da Comissão Executiva Municipal do PT a elaboração de um projeto para Campo Grande, que deve ser debatido nos bairros pela militância. “O partido precisa reencontrar o petista militante”, disse o governador. A seu ver, cabe ao Diretório definir um projeto para Campo Grande e discutir as propostas com a militância do PT, a quem compete, na esteira do debate, decidir quem pode ser candidato. “Nenhum partido é mais forte do que o PT em Campo Grande, por isso, se o candidato sair do debate democrático com a militância, tiver condições de ampliar o leque de alianças, terá nosso apoio. Vamos sair nos bairros para, em cada sábado, final de semana, fazer o debate em torno do melhor projeto para Campo Grande”, propôs o governador Zeca.
Ainda na manhã desta quinta-feira, o governador Zeca disse, em rápida entrevista à imprensa, que vai liderar caminhadas nos bairros de Campo Grande para debater, ao lado dos militantes, o projeto do PT. Depois dos debates, quer reunir os militantes para confraternização e convergir as teses em torno do processo eleitoral de 2004.
Na audiência com o prefeito Laerte Tetila e Egon Krakhecke, o governador Zeca reafirmou a proposta de intensificação do debate na instância partidária e nas ruas, considerando que em Dourados a administração petista vai muito bem. “Vamos afirmar também o projeto do partido em Dourados, a cidade mais importante do interior, para alcançarmos um grande resultado em 2004 que será fundamental para o PT continuar fazendo um grande governo a partir de 2006”, afirmou o governador.

Regras – O governador Zeca vai liderar as caminhadas nos bairros de Campo Grande e estimular o debate em torno de prováveis candidaturas, mas advertiu que o processo deve ser democrático e ético. Nesse sentido, reafirmou a decisão de afastar do governo gestores de programas sociais e outros setores da máquina que pretendem concorrer às eleições de 2004.
Durante a reunião com os dirigentes do PT na Capital, o governador Zeca relatou os resultados de sua viagem a Brasília e destacou as condições criadas no seu primeiro mandato para o equilíbrio das finanças do Estado. “Grande parte dos problemas herdados pelo nosso governo foi equacionada”, observou Zeca, notando que nos primeiros seis meses deste segundo governo, em função dos acordos das rodovias e recuperação de créditos de royalties, vislumbra-se uma nova perspectiva.
O governador comentou que o projeto da reforma tributária “está de bom tamanho”, ao incorporar as propostas fundamentais para o desenvolvimento do Centro-Oeste. Zeca destaca os pontos de garantia dos convênios de incentivos fiscais pelo período de 10 a 15 anos e 3 anos para a transição ao novo modelo tributário, ressarcimento de perdas provocadas pela desoneração de produtos destinados à exportação e formação de um fundo e criação de agência para assegurar investimentos aos estados de produção primária (agropecuária).
Segundo o governador, há 130 pedidos de renovação dos incentivos e 60 novos pedidos de instalação de indústrias. A isenção de ICMS para produções primários implica em perdas de R$ 140 milhões por ano na receita do Estado. Zeca disse que o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, defende a compensação das perdas.
Participaram da reunião com o governador Zeca, que foi acompanhada pelo secretário de Coordenação Geral do Governo, Paulo Duarte, o presidente do Diretório, Silvio Nucci; Geraldo Augusto (vice-presidente), Silvio Tutya (secretário-geral), Gisele Marques (secretária de Formação Política), Rômulo da Lua (tesoureiro), Edilaine Pereira (secretária de Organização).

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