Cassilândia Notícias

Cassilândia Notícias
Cassilândia, Terça, 23 de Abril de 2024
Envie sua matéria (67) 99266-0985

Geral

Milho: Produtores de Chapadão protestam contra o preço

Famasul Notícias - 28 de fevereiro de 2005 - 15:12

Os produtores rurais de Chapadão do Sul vão segurar o milho em suas propriedades em protesto aos baixos preços pagos pelo produto. O Sindicato Rural do município está orientando os agricultores a comercializarem somente o necessário para pagar as contas mais urgentes. Hoje, em Chapadão está sendo pago pela saca do produto uma média de R$ 12. A exigência dos agricultores é que sejam pagos pelo menos R$ 16.

“Só assim será possível pagar o custo de produção sem termos prejuízos”, comentou o secretário-executivo do Sindicato Rural, Adão Hoffman. Foram plantados esse ano 15 mil hectares.

Conforme Hoffman o problema vai além do preço do milho. Ele diz que produtos como algodão e soja também estão sendo pagos com valor mais baixos e não devem cobrir o custo de produção.

Cotação em MS

Conforme a consultora da Casa Rural (Famasul/Funar/Senar), a economista Adriana Mascarenhas, apesar do preço da soja não ter mudado muito de um período para outro – hoje está cotado a R$ 12,50 e na safra 2003/2004 era R$ 13 – o custo de produção aumentou e isso trouxe sérios prejuízos aos produtores do Estado.

O consultor da Casa Rural e engenheiro agrônomo, Anderson Cesconeto, apontou que o custo da produção de milho aumentou 37,5% em relação à safra anterior. Na safra 2003/2004, o custo por hectare era de R$ 1.372,46, já na 2004/2005 foi de R$ 1.708,84. “Se compararmos com a safra 2002/2003, o custo de produção era de R$ 973”, comenta.

Em entrevista ao Canal do Boi, ontem (24), a diretora da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Tereza Cristina Correa da Costa Dias, falou que a união dos produtores rurais, tantos pecuaristas quanto agricultores, é essencial para mudar o quadro do agronegócio. “Os agricultores começam a também fazer sua suspensão de vendas para garantir sua sobrevivência na atividade”, diz.

Autor:
Fabiane Sato - Time Comunicação

SIGA-NOS NO Google News