Risco-país e dólar em alta e quedas do Índice Bovespa e dos títulos da dívida externa ditavam hoje, ao meio-dia, um clima de nervosismo no mercado interno, por causa do reflexo negativo gerado por novos conflitos no Oriente Médio, além da expectativa de aumento dos juros norte-americanos.

Desassossego para os agentes do mercado, em função dos indicadores desfavoráveis; menos para o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, que se manifestou tranqüilo quanto às oscilações do mercado financeiro.

À saída de audiência com o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, no início da tarde, Meirelles disse que "isso é normal, de acordo com a evolução do cenário internacional". Ele ressaltou que o Brasil tem hoje fundamentos econômicos "muito melhores" que antes, o que dá uma margem de respeito externo ao país.

O presidente do BC citou, como exemplos, os bons saldos comerciais, a receita total, o superávit primário e as reservas internacionais em alta, com volume de US$ 51,6 bilhões. "Isso tem que ser visto com muita tranqüilidade", salientou ele.

Meirelles não quis detalhar os motivos de sua reunião de mais de uma hora com o ministro da Justiça.