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Mercado de trabalho continua aquecido, diz diretor

Agência Brasil/ Marli Moreira - 27 de agosto de 2006 - 11:52

O mercado de trabalho nas principais capitais do país não entrou em processo de retração e não há nenhum indicador econômico sinalizando desaquecimento. O que tem ocorrido “é uma mudança no ritmo de criação de vagas”, na avaliação é de Clemente Ganz Lúcio, diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Para ele, dificilmente poderá se repetir o mesmo movimento de geração de postos de trabalho registrado em 2004, quando o crescimento foi expressivo. Mas “o fundamental é que oscilações de aumento na taxa de desemprego não têm sido decorrentes de demissões”, apontou, em referência aos resultados divulgados ontem (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os dados do IBGE indicam que, em julho, a taxa de desemprego atingiu 10,7% da População Economicamente Ativa (PEA) – a mais alta variação mensal desde abril do ano passado. Essa alta, no entanto, não reflete uma queda na oferta de vagas e sim um volume maior de pessoas no mercado de trabalho. No período, foram criados 84 mil postos de trabalho, enquanto 174 mil passaram a disputar as vagas.

Ganz Lúcio lembrou que quando há uma melhoria no quadro econômico, mais pessoas ingressam no mercado. Diferentemente do que ocorreu em nível nacional, nos 39 municípios que compõem a região metropolitana de São Paulo, o número de vagas criadas em julho superou em 3 mil o total de trabalhadores que entraram para o mercado, apesar de manter a taxa de desemprego estável, passando de 16,8% para 16,7%. Houve um saldo positivo de 46 mil novas vagas – só na indústria foram 34 mil postos, com destaque para os setores de vestuário e têxtil, química e borracha, alimentação, e gráfica e papel.

O diretor do Dieese acrescentou que esse desempenho favorável reflete a combinação de fatores como recuperação da renda, ainda que de forma lenta, queda nos índices de inflação e o repasse da queda na taxa básica de juros (a Selic, atualmente, em 14,75%), em forma de reduções na correção sobre os empréstimos à pessoa física – como o cheque especial, por exemplo.

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