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Mercadante não quer filhos de políticos na crise

Agência Senado - 22 de setembro de 2005 - 08:27

O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante, fez um apelo aos parlamentares no sentido de, ao tratar da crise política, não envolver indevidamente familiares de figuras públicas. E citou como exemplo cobranças dirigidas ao filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à filha do prefeito de São Paulo, José Serra, nesta quarta-feira (21), durante depoimento do banqueiro Daniel Dantas às CPIs dos Correios e do Mensalão.

- Filho não tem que explicar pai - acentuou o senador, justificando sua opinião pelas cobranças recebidas na juventude em função de seu pai ser militar.

O discurso de Mercadante foi motivado por intervenção da senadora Ideli Salvatti (PT-SC) no depoimento de Daniel Dantas. Na ocasião, Ideli comentou que a irmã do banqueiro, Verônica Dantas, manteria sociedade com Verônica Serra, filha de José Serra.

Apesar das reservas levantadas, Mercadante acredita que a senadora tinha a intenção de criticar o empresário ao apontar seu desejo de se aproximar de parentes de autoridades, e não atingir a filha do prefeito de São Paulo ou o próprio governante. De qualquer modo, reiterou a necessidade de não se envolver familiares de figuras públicas em crises.

Quanto às suspeitas levantadas sobre a sociedade empresarial entre a Telemar e um dos filhos do presidente Lula, Mercadante lembrou ter testemunhado, durante as greves comandadas pelo então sindicalista Lula no ABC Paulista, o sofrimento vivido pelos familiares do presidente da República.

Embora não tenham sido mencionadas por Ideli ou outro parlamentar presente ao depoimento de Dantas, Mercadante comentou ainda reportagens envolvendo a filha do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, com suspeitas de que a Butique Daslu, onde ela trabalha, estaria recebendo benefícios fiscais do estado de São Paulo. O favorecimento alegado ocorreria pelo fato de a Daslu atender "a fina flor da sociedade paulista".

Em aparte, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) criticou a postura de Ideli Salvatti, negou a suposta sociedade entre parentes de José Serra e de Daniel Dantas e advertiu que essa intervenção da senadora petista poderia levantar suspeitas de ilicitude. Para ele, o ato da senadora é "imperdoável".

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