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Menor: Juíza não é contra anticoncepcional

Rosemery Amado/ABr - 19 de janeiro de 2004 - 16:02

A juíza auxiliar da 1ª Vara da Infância e da Juventude do Rio de Janeiro, Patrícia Cogliatti de Carvalho, disse hoje que não é contra a distribuição de anticoncepcionais para menores de idade, prevista pelo Programa de Planejamento Familiar do município do Rio, que será lançado em fevereiro. Ressaltou no entanto que tem de haver um programa de orientação sexual. “A mera distribuição de anticoncepcionais apenas estimula a sexualidade irresponsável. Não podemos nos preocupar apenas com a gravidez, mas com as doenças sexualmente transmissíveis”, disse.

Para a juíza, impedir a gravidez não deveria ser o único objetivo do programa, e sim orientar as jovens e mulheres sobre o perigo da proliferação de doenças. Patrícia Cogliatti acrescentou que a educação é a forma principal para se prevenir contra a gravidez precoce e contra as doenças sexualmente transmissíveis.

A juíza da 1ª Vara da Infância e da Juventude disse que o programa será viável somente se houver número de profissionais suficientes, orientando as mulheres sobre o uso do remédio. Ela também não acredita na eficiência da distribuição do medicamento pelos Correios. De acordo com Patrícia Coigliatti, a baixa escolaridade das adolescentes carentes as impede que entendam as orientações da bula. “Têm meninas que chegam ao juizado e dizem que colocam o anticoncepcional de ingestão oral na vagina. A maioria não sabe ler. Algumas chegam a tomar, de uma só vez, uma caixa inteira do medicamento”, explicou.

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