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Menina de 6 anos encontrada morta perto de casa é enterrada

Globo.com - 21 de agosto de 2015 - 16:20

Familiares e amigos se despediram de Ana Gabrielle em Conchal (Foto: Claudia Mourão/EPTV)
Familiares e amigos se despediram de Ana Gabrielle em Conchal (Foto: Claudia Mourão/EPTV)

O corpo de Ana Gabrielle Santos Ferreira, encontrada morta na quinta-feira (20) em um terreno de Conchal (SP), foi enterrado sob forte comoção na manhã desta sexta-feira (21) no cemitério municipal da cidade. A menina de 6 anos estava desaparecida desde a noite de sábado (15). Por enquanto, ninguém foi preso. A Polícia Civil não divulgou informações sobre o caso para não atrapalhar a investigação.

O enterro ocorreu às 9h e antes não houve velório. O corpo seguiu direto do Instituto Médico Legal (IML) para o cemitério. Familiares e amigos participaram da cerimônia de sepultamento. Ainda muito abalada, a mãe da criança não foi ao enterro.

Ana Gabrielle foi encontrada em um terreno perto da casa da tia, no CDHU, onde a menina estava quando desapareceu. A criança havia passado o dia na casa da tia em um condomínio. Por volta das 20h, a tia e a prima saíram. Em seguida, a garota foi atrás da prima e desapareceu. Parentes e amigos saíram pelas ruas espalhando cartazes e perguntando se alguém havia visto a criança.

O corpo - A família disse acreditar que o corpo da criança tenha sido deixado no local, na quinta-feira, após as buscas realizadas pelas autoridades. “Ela não estava ali. A gente tinha vasculhado todo aquele lugar. Esse corpo foi colocado hoje cedo, de madrugada”, afirmou a tia, Zuleide Ferreira.

“É muita crueldade fazer uma coisa dessas. Não tem condições, a gente tem que descobrir e ir atrás desse assassino. Ele tem que pagar, porque a menina era indefesa, a mãe está sofrendo, a situação dela [está ruim], imagina agora sem a filha dela”, falou Rosângela Ferreira, tia de Ana Gabrielle, na quinta à EPTV.

A Guarda Municipal informou que a criança estava coberta com um lençol, dentro de um saco plástico. Além disso, as mãos da criança estavam amarradas e havia ferimentos de faca no pescoço e no corpo.

A polícia alega que não vai se pronunciar sobre o caso para não atrapalhar a investigação. Uma denúncia anônima ajudou a localizar a garota. “Desde o dia que ocorreu o fato, a Guarda Municipal tem se empenhado em fazer buscas. Foi localizado devido a uma ligação ao 153”, falou o inspetor da Guarda Municipal, Abinabe Arão da Costa.

Desaparecimento

Rosângela Alves Ferreira, tia da menina, contou que, na noite de sábado, ela, o namorado, a sobrinha e a filha de 10 anos estavam no apartamento. "A Ana estava comendo o bolo que fiz para ela", lembrou a tia.

De acordo com a mulher, em determinado momento ela desceu as escadas do prédio e a filha foi atrás, levando uma bolsa. Quando as duas voltaram, a criança não estava mais na sala. "Perguntei para o meu namorado e ele disse que ela tinha descido atrás da gente", afirmou.

"Eu só dei uma saidinha de três a quatro minutos e quando voltei para dentro ela já não estava mais. Eu acho que ela desencontrou o caminho e na hora que entramos e vimos que ela não estava e descemos, ela pode ter corrido para a rua, alguém pode ter chamado. Está um mistério muito grande", falou Rosângela. Desde então, ninguém mais teve informações sobre o paradeiro da criança.

O padrasto da menina, Leandro Aparecido Cremasco, contou ao G1 que a menina estava no apartamento com a tia e sumiu por volta das 20h30. “Ninguém viu nada. Essa foi a primeira vez que ela sumiu, é comportada e não conversava com estranho”, disse.

Sem notícias, a mãe da garota, Suzana dos Santos Ferreira, não conseguiu comer e desmaiou. Ela teve de tomar soro e ficou sob efeito de calmantes, de acordo com Rosângela.

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