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Meio milhão de novos casos de câncer em 2006

Norma Nery/ABr - 23 de novembro de 2005 - 15:07

O Brasil deve ter mais de 470 mil novos casos de câncer em 2006, número um pouco superior ao previsto para este ano, 468 mil. A Estimativa de Incidência por Câncer no Brasil para 2006 foi divulgada hoje (23) pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca). Os dados apontam que o câncer de pele benigno será o de maior incidência (116 mil), atingindo muitos trabalhadores rurais, seguido pelo de mama feminina (49 mil), próstata (47 mil), pulmão (27 mil) e cólon e reto (25 mil).

Os dados confirmam a tendência mundial de crescimento da doença devido ao aumento da expectativa de vida das pessoas. Revelam, também, um aumento significativo nos últimos 20 anos da mortalidade por câncer de pulmão em mulheres, que passou do quarto lugar em 1979 para o segundo lugar. A incidência de casos de câncer na próstata em homens também passou do segundo para o primeiro lugar. Antes, o câncer mais comum entre homens era o de pulmão.

De acordo com o levantamento, quase 235 mil homens deverão ter no próximo ano tumores de próstata, 18 mil de pulmão, 15 mil de estômago e 11 mil no cólon e reto. Em relação às mulheres, quase 240 mil novos casos de câncer devem surgir, sendo os mais comuns os de mama, colo do útero (19 mil), cólon e reto (14 mil) e de pulmão (9 mil).

A coordenadora de Prevenção e Vigilância do Inca, Gulnar Mendonça, disse que o aumento registrado de alguns tipos da doença se deve ao aumento do número de diagnóstico, por um lado, como nos casos de próstata, e a maior exposição ao fatores de riscos, que contribui para a elevação da incidência. "Por exemplo, tabagismo, vida sedentária e dieta inadequada. Todas essas condições somadas e história familiar propiciam o aparecimento", explicou a coordenadora.

Mendonça destacou que o estudo mostra diferenças regionais. A região Sudeste deverá ser a única a não registrar o câncer de colo de útero, em segundo lugar de incidência, por ser a mais urbanizada do país. Já o câncer de estômago será superado por outros tipos da doença na maioria das regiões, devido às mudanças socioeconômicas e o aumento de domicílios com geladeira, o que evita o excessivo consumo de alimentos conservados no sal.

A coordenadora de Prevenção e vigilância do Inca disse, ainda, que os casos de câncer de colo de útero afetam mais as mulheres das regiões Norte e Nordeste. A estimativa é que 30% da população feminina do país nunca fez um exame preventivo.

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