Cassilândia Notícias

Cassilândia Notícias
Cassilândia, Quinta, 18 de Abril de 2024
Envie sua matéria (67) 99266-0985

Geral

Megamotos: Pronunciamento do dr. Jorge na Patriarca

14 de outubro de 2004 - 13:10

O Dr. Jorge Tadashi Kuramotto, juiz de direito da Comarca de Cassilândia, concedeu entrevista à Rádio Patriarca, e na oportunidade fez o seguinte pronunciamento, com relação ao Megamotos:

Bom dia ouvintes da Rádio Patriarca

Bom dia Girotto. É um prazer enorme estar aqui novamente em seu programa. Na última vez voce me disse para vir mais aqui. Na realidade procuro não aparecer muito, não que seja inibido, mas porque entendo que o juiz deve ser discreto, ser recatado, vindo a público sómente quando a circunstância assim o exigir.
Hoje é uma destas circunstâncias.
Venho aqui para falar sobre a minha atuação e a da polícia civil e militar, mais precisamente durante a realização da festa ocorrida neste último feriado.
Digo, Girotto, que a função da polícia e do juíz é uma função ingrata. Nunca agrada a todos e sempre somos criticados.
Não havia alguém do Poder Judiciário mais interessado, incentivador e solidário a realização deste evento, do que eu. Sei da importância de uma festa desta natureza para o comércio, restaurantes e hotéis da cidade.
É um evento que traz recursos para a comunidade, traz lazer e alegria para os jovens e satisfaçãos às autoridades competentes em ver o seu trabalho realizado.
Contudo críticas veementes de pessoas da sociedade civil, me obriga vir aqui hoje, fazer alguns esclarecimentos.
Primeiro. O evento denominado megamotos realizou-se no feriado em que eu estava de plantão. Não a dra. Mariel. Não a dra. Ellen. Assim, toda a coordenação sob o meu encargo.
Segundo. O problema ocorrido em anos anteriores não me dizem respeito. A minha preocupação estava voltada para garantir a segurança dos moradores desta cidade e dos turistas que aqui estavam para que ao final da festa todas as pessoas pudessem ir embora para suas casas com a sua integridade física e moral garantida.
Terceiro. Pela simpatia que eu tinha por este tipo de evento, dei orientações a Polícia Militar, ao COB e ao Rotai, para que fizessem apenas a segurança preventiva e interviessem quando fosse necessário ou solicitado.
Quarto. Quando da reunião havida com os organizadores da festa, ficou estipulado que toda a apresentação com as motos ficariam limitadas ao centro de evento.
Quinto. Caso fosse necessária a apresentação de acrobacias com motos, em via pública, por lei, deve ser requerido alvará na Prefeitura. Com o alvará, a Polícia Militar seria avisada com antecedência para providenciar cordão de isolamento, garantindo assim espaço suficiente e segurança para as pessoas que estivessem alí assistindo. Nada disso foi feito. Não tinha a devida autorização, nem a polícia foi avisada com a devida antecedência, e muito menos havia no local médicos plantonistas caso houvesse algum acidente.
Digo novamente Girotto. A função de juiz e da polícia é ingrata.
Caso permitisse a apresentação de acrobacias com a moto, em via pública, ainda que sem a autorização e a antecedência que já me referi, naquele momento e caso houvesse algum acidente fatal no local, depois diriam que o juiz havia autorizado, caindo sobre minhas costas toda culpa.
Malgrado é a função de juiz e da polícia. Se não solicito reforço policial para melhorar a segurança na cidade, depois iam dizer que as autoridades foram omissas. Falam por comentários que não houve nenhum problema na cidade e a polícia estava atrapalhando a festa. Equívoco. Foi um final de semana violento na cidade. Tivemos ocorrência de roubo onde a vítima foi espancada sem piedade pelos ladrões, tendo a sua carteira e o seu celular roubados.
Graças a Deus e pelo esforço policial aqui presente conseguimos prender os criminosos. Imagine uma daquelas motos que deve valer uma fortuna ser roubada e o dono assassinado. Aí sim seria teria terrível para a imagem da cidade. Exagêro meu, não. Aconteceu em Campo Grande e como sabem estamos na divisa com Goiás e próximo com Minas e São Paulo. Ou seja, seria fácil roubar e fugir para outro Estado, caso não houvesse polícias garantindo a segurança.

SIGA-NOS NO Google News