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Geral

Medidas e Avaliações dos Exercícios Físicos

Educação Física.org - 28 de julho de 2016 - 11:00

Medir genericamente significa estabelecer ou designar um valor a algo físico. Este valor é estabelecido por meio da comparação com instrumentos numéricos; ou melhor, instrumentos de medida. Os instrumentos de medida são pré-determinados, e visam registrar os resultados alcançados, e estabelecer a relação numérica, por meio da comparação entre os resultados com aqueles contidos no próprio instrumento. Balanças, fitas métricas e cronômetros são exemplos de instrumentos de medida.

Os instrumentos numéricos, são os elementos básicos para a comparação entre os valores obtidos. Os testes são instrumentos para mensuração, e são colocados em prática no momento da obtenção dos resultados por meio dos instrumentos de medida. Os testes podem ser divididos em qualitativos e quantitativos. Os testes qualitativos são aqueles que ostentam as características voltadas para analise das habilidades físicas.

Os testes quantitativos fazem comparação, julgamento e classificação por meio de tabelas estabelecidas previamente. As tabelas podem ser criadas a partir dos resultados alcançados individualmente ou em grupo e comparados por meio de tratamento estatístico. Após a obtenção dos resultados aplica-se a avaliação. Avaliar significa interpretar os resultados, comparando-os com tabelas ou com os resultados extrapolados.

A avaliação possui duas características distintas, estas são a objetividade e a subjetividade. A característica que confere objetividade é efetuada por meio de instrumental padronizado (numérico matemático) estabelecido por normas científicas, ou seja, julga-se utilizando padrões estabelecidos e comprovados. A característica que estabelece subjetividade à avaliação, é efetuada por meio do julgamento pessoal, o qual é impreciso, e desprovido de padrões e ou comprovações científicas, para possíveis comparações.

A avaliação no planejamento é o meio como verificamos o rendimento ou as respostas sobre as atividades aplicadas. Tenta-se averiguar se os critérios preestabelecidos no plano geral de treinamento, festão sendo atingidos durante o processo de treino. A avaliação no planejamento, deve ser dividida por etapas para facilitar o controle e a aplicação. As etapas que compõem a avaliação estão enumeradas abaixo para um melhor entendimento.

1. Definição de atributos.
2. Seleção de procedimentos.
3. Coleta dos dados.
4. Interpretação dos resultados.
5. Conclusão

A definição de atributos é realizada após o planejamento minucioso dos objetivos a serem atingidos, visando determinar o que queremos ou necessitamos medir. A seleção de procedimentos é parte integrante e principal, na ocasião da escolha das técnicas de medidas que serão adotadas e os instrumentos necessários ou seja como medir. A coleta de dados é realizada imediatamente durante a aplicação do teste e visa a catalogação dos resultados obtidos.

A interpretação dos resultados é feita por meio da análise e comparação dos dados obtidos nos testes. estes dados podem ser comparados com dados pessoais obtidos anteriormente, ou mesmo fazer uso de comparação com tabelas de pesquisas de grupos. A conclusão é para que haja a tomada de consciência dos estado atual do indivíduo ou grupo de indivíduos.

A avaliação no planejamento é composta por três fases distintas e compreendidas como: a primeira fase é a diagnóstica, a segunda é a fase formativa e a terceira e ultima é a fase somatória. A fase diagnóstica é realizada logo no início do processo de treinamento e objetiva caracterizar o indivíduo ou grupo a ser trabalhado. Assim como estabelecer as bases para a aplicação dos treinos, sobre bases conscientes de conhecimento do estado atual dos educandos.

A fase formativa é realizada durante o processo de aplicação dos treinos, visa o acompanhamento constante sobre a evolução/involução do indivíduo ou do grupo de trabalho. A fase somatória é aplicada ao final do processo de treinamento e objetiva concluir se a proposta de trabalho ou meta, foi alcançada ou mesmo quantifica-la em percentual.

Os critérios básicos para a seleção de testes são:

1. Validade.
2. Fidedignidade.
3. Objetividade.

A validade do teste relaciona-se ao fato de que devemos saber, se o teste que estamos aplicando, mede realmente aquilo que pretendemos medir. A fidedignidade do teste é obtida, quando da aplicação e reaplicação do teste em condições (grupos, indivíduos) idênticas, dentro de seus padrões diretivos ou protocolos legitimados, não se constata diferenças significativas, nos resultados colhidos.

A objetividade diz respeito ao fato de que independentemente dos indivíduos que aplicam o teste, não há diferenças significativas entre os resultados. Não basta medir, o importante é avaliar, ou seja, julgar e interpretar de forma justa, e além disso aplicar os resultados, visando o aperfeiçoamento da performance. O processo de avaliação é um importante meio para, controlar, transferir conhecimentos e motivar o aluno sobre o seu estado de condicionamento atual.

A avaliação para um grupo específico, visa identificar o indivíduo, dentro do grupo a que ele esteja inserido, e classifica-lo de forma percentual. Quando da identificação pode-se chegar numericamente a um fator de eqüivalência entre o resultado pessoal com o máximo encontrado no grupo.

Para colocarmos em prática a presente forma de avaliação deve-se colher os resultados dos testes em ficha catálogo (veja modelo no quadro 01), identificar o valor mais elevado e classifica-lo numericamente com o valor de 100%.

Partindo-se dos resultados colhidos, podemos classificar e posicionar os integrantes do grupo em uma escala de valores percentuais do máximo atingido. Para a identificação dos indivíduos dentro do grupo, necessitamos efetuar uma equação simples, a qual esta disposta no quadro 02 abaixo.

Após a efetuarmos a equação, os dados resultantes devem ser transferidos para o quadro 03. Poderemos visualizar mais facilmente, o posicionamento e classificação de cada indivíduo, dentro do grupo por meio da resolução de mais algumas fórmulas, para que a avaliação, seja ainda mais fácil de ser utilizada como elemento de conscientização e entendimento do real estado do pessoal dentro do grupo. Abaixo se encontram mais algumas fórmulas, para serem usadas como complemento da avaliação.

A utilização da forma de classificação para grupo específico torna-se individualizada e bastante atraente pelo fato de não utilizar tabelas de outros grupos, tornando-se uma fonte real do estado atual do grupo.

Devemos tomar cuidado com as avaliações, para que as mesmas não se tornem elementos de desmotivação ou acomodação, porque trazem consigo resultados para a tomada de consciência do estado pessoal, que em alguns casos tornam-se barreiras negativas que motivam o desinteresse e a desistência. Atitudes de motivação excessiva, podem ser detectadas por meio da conduta pessoal após a divulgação dos resultados, e pode ser de auto-afirmação, gerando episódios relacionados com afirmações pessoais do tipo: já estou apto.

A desmotivação por meio de atos de autodesprezo, por não acreditar na possível evolução da condição física, produz reflexos de abandono da atividade ou empenho insuficiente durante os treinamentos. Deve-se ficar atento aos possíveis reflexos provocados pelos resultados dos testes, e colocar em prática, atitudes de controle sobre a motivação do comportamento de nossos educandos, para que as medidas e avaliações sejam elementos positivos e de ajuda permanente e racional, no momento da prescrição e aplicação do treinamento.

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