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Medicina Aeroespacial discute a radiação em pilotos

Nielmar de Oliveira/ Agência Brasil - 02 de outubro de 2004 - 13:46

Um estudo inédito realizado pelo Centro de Medicina Aeroespacial (Cemal), da Força Área Brasileira (FAB), avalia se as cabines das aeronaves podem estar recebendo uma quantidade muito grande de radiação. A suspeita está fundamentada no fato das aeronaves estarem voando cada vez mais alto, aliada à agressão de gases poluentes à camada de ozônio.

O estudo está sendo apresentado e colocado em debate pela primeira vez no VII Encontro de Medicina Aeroespacial, que acontece até este sábado, na sede do Cemal – um dos maiores centros de excelência em medicina aeropascial em todo o mundo – na Ilha do Governador, no Rio.

O estudo do Centro de Medicina Aeroespacial indica que a radiação ultravioleta afeta principalmente os países da América Latina. Por isto, os seus efeitos nas tripulações de aeronaves têm despertado o interesse da comunidade cientifica internacional. Catarata e câncer de pele são, segundo o estudo, algumas das doenças que podem ocorrer com a superexposição do ser humano à radiação ultravioleta.

Segundo o brigadeiro-médico José Roberto Gabriel, o Cemal quer quantificar com este estudo o nível de exposição dos pilotos para calcular a incidência da radiação sobre eles. “A partir desse estudo, poderemos estabelecer uma política de proteção aos aeronavegantes para prevenir os problemas de saúde que deverão ser detectados em alguns anos”.

A primeira etapa do estudo já está concluída e, a partir dele, analisando testes com amostras de vidros de janelas e pára-brisas de cabines das aeronaves os técnicos do Cemal se surpreenderam. “Entre outras comprovações, até então desconhecidas em todo o mundo, ficou evidente que as janelas têm um nível de transmissibilidade de radiações muito elevado, deixando pilotos superexpostos aos efeitos extremamente nocivos que essas radiações podem causar ao ser humano”, o brigadeiro.

No encontro, especialistas também estão discutindo assuntos relacionados a problemas de saúde dos passageiros e da tripulação, mas principalmente dos pilotos. Também estão sendo apresentados outros trabalhos inéditos e exposições referentes aos temas Emergência Médica a Bordo, Radiações em Aviação, O futuro da Medicina Aeroespacial e Pesquisa em Medicina de Aviação.


02/10/2004

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