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MEC traça política de uso do dicionário em sala de aula

ACS - MEC - 20 de dezembro de 2004 - 09:14

A partir de 2005, os estudantes da rede pública das primeiras séries do ensino fundamental vão ter acesso a dicionários adequados à sua faixa etária e à série em que estão matriculados. Até então, os dicionários distribuídos pelo MEC eram os mesmos para alunos de 1ª a 8ª série, que levavam a publicação para casa. Os acervos agora serão coletivos e os professores receberão orientações para utilizar o material em sala de aula.


O edital do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) 2006 para a aquisição de dicionários foi lançado semana passada pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC), com a Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC). O programa prevê dois acervos: um para turmas em fase de alfabetização, com crianças de seis a oito anos, e o outro para turmas em processo de desenvolvimento da língua escrita.


Três tipos de dicionário irão compor os acervos: os do tipo 1 terão de mil a 3 mil verbetes, adequados à fase inicial de alfabetização; os do tipo 2 terão 3,5 mil a 10 mil verbetes; e os do tipo 3, com 19 mil a 35 mil verbetes, serão orientados pelas características de um dicionário padrão, mas adequados a alunos de 3ª e 4ª série. Os dicionários tipo 2 serão comuns aos dois acervos.


“O dicionário da criança de seis, sete, oito anos, em processo de alfabetização, não deve ser o mesmo de um aluno que está concluindo o ensino fundamental”, diz Jeanete Beauchamp, diretora de Políticas de Educação Infantil e Ensino Fundamental do MEC. “Você tem que fazer uma proposta para o aluno ser estimulado a utilizar o dicionário. Se você entrega na faixa etária de seis a oito anos um dicionário com mais verbetes e fonte menor, ele não vai se estimular.” Os dicionários poderão ser ilustrados, o que para Beauchamp é importante para o aluno que inicia a alfabetização.


Uso coletivo – A política para o uso coletivo dos dicionários em sala de aula inclui a capacitação de professores. “É ali que o professor vai despertar o aluno para o uso e utilidade do dicionário”, diz a diretora. “O dicionário deve ser usado para ajudar o aluno a ler, escrever e expressar-se, não só para a verificação da grafia correta da palavra”, explica.


Os novos dicionários devem chegar às escolas no segundo semestre de 2005. Quem entra na 1ª série terá as obras adequadas para sua faixa etária na segunda metade do ano. Os demais alunos hoje no ensino fundamental já receberam dicionários em anos anteriores e terão a chance de usar os acervos coletivos, compostos por dicionários de diferentes autores, o que permite a comparação e o enriquecimento do trabalho, avalia Beauchamp. Todas as salas de 1ª a 4ª série da rede pública de ensino – 651.874 salas em 138.891 escolas – receberão os acervos do MEC.


Repórter: Heloisa d’Arcanchy

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