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MEC diz que desinformação explica poucas inscrições

Cecilia Jorge - Agência Brasil - 04 de janeiro de 2005 - 14:22

O ministério da Educação decidiu prorrogar o prazo de inscrição para o Programa Universidade para Todos (ProUni) por causa da baixa participação de estudantes negros e indígenas. O programa, que concede bolsa de estudo a alunos carentes em faculdades particulares e filantrópicas, reserva parte de suas vagas para as chamadas cotas raciais.

No segundo processo de seleção de bolsistas para o primeiro semestre deste ano, o ProUni está oferecendo 14 mil bolsas parciais gratuitas no valor de 50% da mensalidade para alunos negros e indígenas. Até o final do mês passado, apenas 4 mil candidatos haviam feito inscrição.

Para a integrante da Comissão Nacional de Educação Escolar Indígena do MEC, Edilene Bezerra Pajeú, da etnia Truká, a desinformação pode ter provocado o baixo número de inscrições de estudantes indígenas. "Os índios não sabem da existência dessa bolsa", disse Edilene Pajeú.

Edilene defende a necessidade de divulgar mais o programa nas aldeias. "A maioria das comunidades indígenas não têm computador", lembra. "É preciso fazer um trabalho de divulgação com as organizações e os parceiros dos povos indígenas".

O prazo de inscrição foi prorrogado até esta quarta-feira (5). Segundo o ministério, outro motivo para o aumento do prazo é que um quarto das inscrições da primeira fase foi feito no último dia, dia 31 de dezembro.

O secretário executivo do MEC, Fernando Haddad, acredita que uma das razões para a baixa procura pode ser a dificuldade em pagar a outra metade da mensalidade. Segundo ele, o ministério está avaliando a possibilidade desses alunos terem acesso ao Financiamento Estudantil (Fies).

Ao todo, o ProUni vai oferecer 112.416 bolsas de estudo. Na primeira etapa de inscrição, realizada ano passado, foram selecionados 64.982 estudantes. Neste segundo processo serão selecionados 47.434 alunos.

Para se candidatar ao ProUni, o estudante precisa ter cursado todo o ensino médio em escola pública ou ter recebido bolsa integral em instituição particular. É necessário também comprovar renda familiar per capita de até um salário mínimo e meio (R$ 390) para concorrer à bolsa integral; e renda familiar per capita de até três salários mínimos (R$ 780) para concorrer à bolsa parcial. Outra exigência é que o candidato tenha feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2002, 2003 ou 2004.

A inscrição é feita exclusivamente pela internet no site do MEC (www.mec.gov.br). Mais informações pelo telefone 0800 61 6161.

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