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MEC debate ensino superior

Agência Brasil - 03 de setembro de 2004 - 09:03

Formar um profissional que tenha uma visão ampla da sociedade e possa atuar tanto em situações do campo, quanto da cidade.
Essa foi uma das sugestões feitas pelos representantes de movimentos sociais ligados à educação no campo, durante o seminário “A Educação do Campo contribuindo na Reforma do Ensino Superior”, realizado ontem pelo Ministério da Educação (MEC).

“É importante que qualquer que seja a profissão ou a carreira, que o profissional tenha uma visão abrangente da territorialidade brasileira. Não só da questão urbana”, ressaltou o professor Ronaldo Motta, secretário-executivo do Conselho Nacional de Educação.

Representante de grupos como Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Movimentos dos Atingidos por Barragens (MAB), Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (Contag), Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e Via Campesina, entre outros, foram reunidos pelo MEC para apresentar as principais diretrizes da Reforma Universitária e recolher sugestões e experiências para contribuir na elaboração do projeto de lei da reforma, que deverá ser enviado ao Congresso Nacional até o final do ano. “Cada um desses movimentos tem um conjunto de anseios e expectativas e de experiências que precisam ser incorporadas em qualquer tratamento da questão educacional”, disse ele.

O professor, membro do grupo executivo responsável pela proposta da reforma, ressaltou que a questão do campo contém especificidades que requerem um tratamento próprio. Segundo ele, mais que ser atendidos, os movimentos trouxeram ao MEC experiências bem sucedidas, que podem ser implantadas em projetos do governo. “Eles trazem um conjunto de experiências que qualificam a proposta da reforma, mesmo quando não se trata, exclusivamente, da questão do campo”, explicou Motta.

Ele destaca que a formação de professores precisa ser voltada para um perfil de profissional que saiba integrar as várias áreas do conhecimento e não apenas distribuir um conhecimento fragmentado aos alunos. Como um médico que pode ter obtido as melhores notas e ter se formado numa faculdade da cidade, mas não consegue entender as necessidades especiais da população do campo, ou vice-versa. “Ele certamente vai ser um profissional formado com uma limitação muito grande de entender uma diversidade e um poder social que ele desconhece”, finalizou.

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