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Maurren absolvida, mas continua suspensa

Benê Turco/CBA - 20 de janeiro de 2004 - 08:11

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) absolveu por unanimidade a atleta Maurren Higa Maggi, suspensa provisoriamente desde 01 de agosto de 2003, por dar positivo em teste antidoping. O STJD, em reunião realizada nesta segunda-feira, dia 19, acatou a tese da defesa, feita pelo advogado Luciano Hostins, de que a atleta não teve a intenção de se dopar.

Os sete juízes do Tribunal votaram pela absolvição, em julgamento realizado no Auditório do Tribunal de Contas do Amazonas, e que terminou depois das 23:00 em Manaus (mais de 01:00 do dia 20, em Brasília).

Maurren deu positivo para a substância proibida Clostebol, em controle realizado em São Paulo, em 14 de junho de 2003, durante o Troféu Brasil. Segundo a atleta, a substância apareceu em seu organismo por ela ter usado o creme Novaderm, depois de uma sessão de depilação a laser.

Esteve presente ao julgamento a dermatologista Valéria Campos. A especialista admitiu que o creme utilizado pela atleta realmente contém Clostebol. Mas, explicou que é normal seu uso após a depilação e que, por isso, o fato deve ter passado desapercebido.

Maurren também esteve presente ao julgamento. Admitiu que fez uso do produto mais de uma vez, inclusive, uma semana antes do Mundial Indoor de Birmingham (GB), realizado em março último, quando ganhou a medalha de bronze. "Cheguei a passar por três controles de doping em um mês durante 2003 e sempre com resultado negativo", afirmou. "Nunca poderia imaginar que havia problema", explicou. Ela tem a melhor marca de 2003 no salto em distância, com 7,06 conseguida em Milão (Itália), em 6 de junho.

Agora, o processo será encaminhado para a Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF). "A IAAF pode aceitar o resultado do julgamento, e neste caso a atleta poderá voltar a competir. Ou pode não aceitar e aí encaminhará o caso diretamente para o CAS (Tribunal internacional ligado ao COI), para a decisão final. Por enquanto, ela continua suspensa provisoriamente", explicou Martinho Santos, secretário-geral da CBAt.

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