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Marta Meire...A nossa Martinha, por Manoel Afonso

Manoel Afonso - 03 de dezembro de 2007 - 11:00

Marta Meire: M de Mãe. M de Martinha .Marta Meire para dona Vilma. Marta Meire para dona Picucha, sua avõ.
Para todos nós, apesar de seus 51 anos de idade, de seus 3 filhos e um neto, ela continuava sendo simplesmente a Martinha.
Martinha, a neta querida que a todos alegrava com seu jeitinho especial, cativante.
E ela cumpriu todas as tarefas da gincana da vida:
Quando tinha que brincar, brincou como brincava as meninas de sua época. Quando chegou a hora da escola, do vestibular não decepcionou!
Saiu da barra da saia da mãe e foi estudar fora e se formou dentista.
Quando se apaixonou, cedeu a magia do coração e se casou. Vieram os filhos...e ela se revelou ainda mais primorosa: mãe que protegia e orientava.
Um duro golpe: veio a morte súbita do marido Simões, e ela não esmoreceu, mantendo-se vigilante, orientando os filhos nos caminhos da vida.
E veio a doença...”aquela”!
Diagnóstico terrível – de cortar o coração, de doer fundo na alma. Quem já passou por isso sabe como isso dói...deixa a gente impotente, anestesiado, meio abobalhado até.
E lá se foi a nossa Martinha cumprir essa dolorosa etapa da “via crucis”: O tratamento agressivo, os medicamentos e o ambiente hospitalar que desmoronam a auto-estima de qualquer um.
Sofrimento! É o resumo de tudo que ela passou, segurando nas mãos de Deus.
Pelas notícias, Martinha lutou contra esse câncer, que machuca e irradia sofrimento aos familiares e amigos. Ela resistiu o quanto pode...bravamente.
Não visitei a Martinha doente e as imagens que ficaram foram outras...aquelas bonitas que enfeitam o imaginário da gente: imagens dela ainda adolescente na cantina... imagens sorrindo quando chegava na casa do avô Jerominho Pio...imagens em frente ao Cine Alvorada antes do filme começar....ao lado dos amigos...imagens felizes.do dia a dia.
As manifestações de ontem, do familiares e amigos, retratam bem o apreço que a cidade tinha por ela. As lagrimas e orações não foram em vão! Ela cumpriu corajosamente todas as etapas e todos os papeis que a vida lhe reservou: na infância, adolescência, na escola, no lar e no trabalho.
Como se diz carinhosamente: era pequena, mais se mostrou gigante nas provações da vida.
Sei da dor da dona Vilma...da dona Picucha, dos dois irmãos, tios e primos. Sei da dor dos filhos...porque saudade de mãe não passa...aumenta! Ah!...esse Natal e todos os outros não serão mais os mesmos!
Agora... seu corpo repousa lá no pé da terra...onde cantam os sabiás, rolinhas e os bem-te-vis. Repousa na sua Cassilândia que ela tanta amava!
Fico pensando...pessoas que nós gostamos não deviam morrer: deviam ir desaparecendo no ar, como entardecer.
Martinha não! Pela sua trajetória ela foi uma Martona. .

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