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Marluce Vilela: A polêmica do Eucalipto

Marluce de Castro Vilela* - 06 de agosto de 2009 - 08:02

O assunto eucalipto costuma despertar paixões nos seus defensores e odiadores. O problema é o fato de muitos confundirem as coisas, e aí começa a polêmica. A plantação de eucaliptos tem que ser encarada como mera cultura agrícola, que em vez de produzir alimentos produz celulose e madeira principalmente.
Uma vez que é uma cultura agrícola como a soja, a cana e outras, precisa-se tomar diversas medidas para ser sustentável - cuidado com o solo, uso mínimo de defensivos, não ocupar áreas de reserva de vegetação nativa e toda a cartilha recomendada à agricultura moderna. Os eucaliptos não devem ser plantados em áreas de proteção ambiental, como várzeas, beiras de corpo d’água e reservas legais. Os impactos ambientais, se todos os cuidados com uma agricultura sustentável forem realizados, são mínimos e permitem muitos anos de cultura.
O eucalipto NÃO substitui em nenhum momento a vegetação nativa e áreas de proteção ambiental como matas ciliares, ele é uma árvore, mas não para isso. Quem o usa para essa finalidade está completamente errado. A vegetação ideal de um local é aquela pré-existente, a nativa, em todas as suas características selecionadas por eras.
Mas, para quem também diz a velha história que o eucalipto destrói o solo em poucos plantios, está equivocado. Basta lembrar da fazenda da Cia. Melhoramentos de papel nos arredores da Capital Paulistana, onde se planta o gênero australiano há mais de 100 anos e continua se cultivando sem maiores dramas. Isso sem falar na retenção do carbono pelo eucalipto por um bom tempo, quando usado para produção de madeira serrada.
Temos que separar as coisas: um uso é com finalidade agrícola, o outro como árvore substituta da nativa, não.


Marluce de Castro Vilela, acadêmica do 2º ano do curso de Tecnologia em Gestão Ambiental*











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